Brasil mantém status de “risco insignificante” para doença da ‘vaca louca’

Organização Mundial de Saúde Animal concluiu, após a análise de casos atípicos em MG e MT, que não há risco para a cadeia produtiva da carne no país

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Uma boa notícia para produtores e frigoríficos brasileiros: a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos BSE (sigla em inglês para a doença da “vaca louca”) são atípicos e que o país deve continuar com o status de “risco insignificante para a doença.

A análise da OIE concluiu que não há risco para a cadeia produtiva da carne no país. Segundo a organização, os casos brasileiros ocorreram “de forma independente e isolada”.

Na sexta (3), o Brasil recebeu a confirmação do laboratório canadense, referência mundial para a OIE, que dois animais mortos, um em Minas Gerais e outro em Mato Grosso, tinham a doença.

No dia seguinte, o Ministério da Agricultura suspendeu cautelarmente todas as exportações do Brasil para a China – o maior comprador e com quem o país mantém um protocolo que prevê a interrupção preventiva do comércio logo após o primeiro sinal de problema sanitário. A informação foi antecipada pela Bloomberg Línea.

O resultado da OIE é importante porque é um indicativo na direção de que não há surto e deve ser levado em consideração pelas autoridades chinesas que avaliam o caso. A expectativa no setor é que os embarques sejam normalizados em breve. Em 2019, num caso similar, a paralisação do comércio de carne entre os dois países durou 13 dias.