Ação da Enauta despenca mais de 8% após paralisar produção de óleo em poço na Bacia de Santos

Últimas cotações

São Paulo — A ação da petroleira Enauta despenca mais de 8% na B3, figurando entre as maiores quedas da Bolsa, na manhã desta segunda-feira (6). A companhia divulgou, antes da abertura do pregão, que foi interrompida a produção de um dos poços do Campo de Atlanta, localizado nas águas profundas da Bacia de Santos, devido à falha no sistema de bombeio submarino, segundo indicam investigações preliminares.

“Neste momento, o Campo está operando por meio de dois poços, com produção média de cerca de 14 mil barris de óleo por dia”, diz a Enauta, que espera o retorno da produção somente no primeiro trimestre de 2022.

Veja mais: Maior petroleira da China busca reativar operações na Venezuela

O papel ENAT 3 chegou a cravar uma cotação mínima de R$ 12,35 (-8,31%) na abertura dos negócios. Por volta das 11h30, a ação era negociada a R$ 12,81, queda de 4,90%, a terceira maior queda da Bolsa no dia, atrás de Taurus (8,06%) e Porto Sudeste VM (-7,41%).

A diferença em relação a esses dois papéis é a ação da Enauta supera o volume médio de negociação, com mais de 3.000 transações, movimentando R$ 23,4 milhões, nesse horário.

“A companhia está avaliando as causas da interrupção, e investigações preliminares indicam falha no sistema de bombeio submarino”, disse a companhia, em fato relevante.

Veja mais: Indústria do petróleo dos EUA avalia danos após furacão Ida

Quando divulgou seu resultado financeiro do segundo trimestre, no dia 12 de agosto, a petroleira fluminense havia divulgado que a projeção de produção de óleo da Enauta no Campo de Atlanta passara de 7 mil para 10 mil barris de óleo por dia em 2021.

A Enauta é uma das principais empresas de controle privado do setor de exploração e produção no Brasil, possuindo dois ativos: o Campo de Manati, um dos principais fornecedores de gás do Nordeste, no qual detém 45% de participação, e o Campo de Atlanta, no qual detém a operação com 50% de participação.