Bloomberg — O Banco Central Europeu deve começar a desacelerar as compras de títulos da pandemia no quarto trimestre e pode não esgotar todo o programa de 1,85 trilhão de euros (US$ 2,19 trilhões) antes de encerrá-lo no próximo ano, de acordo com economistas consultados pela Bloomberg.
Com um cenário econômico mais positivo, o BCE pode reduzir o ritmo de compras de 80 bilhões de euros por mês em setembro para cerca de 50 bilhões de euros em março, disseram. A decisão de encerrar o programa, conforme planejado atualmente, só é esperada no fim do ano.
“Seria prematuro decidir quando encerrar o Programa de Compras de Emergência na Pandemia, mas uma redução das compras mensais é razoável, especialmente porque as condições de financiamento melhoraram desde junho”, disse Joerg Angele, economista sênior do Bantleon Bank.
O Conselho do BCE realiza sua reunião de política monetária na próxima quinta-feira.
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Uma desaceleração das compras de títulos da pandemia como a prevista deixaria o BCE com cerca de 70 bilhões de euros sem usar do montante total alocado para o programa. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a instituição não precisa gastar todos os recursos, desde que os custos de financiamento permaneçam favoráveis.
Os entrevistados na pesquisa estão preocupados que gargalos na cadeia de suprimentos - e, em menor medida, pressões inflacionárias e o risco de novos lockdowns - possam pesar nas perspectivas econômicas da zona do euro. Indicadores de confiança caíram recentemente, e os preços ao consumidor sobem a uma taxa anual de 3%, o ritmo mais rápido em uma década.
Na próxima semana, o BCE apresentará novas projeções que, segundo economistas, devem mostrar crescimento mais rápido este ano e revisões para cima da inflação para 2021, 2022 e, potencialmente, também para 2023. Ainda assim, esse resultado ainda deve estar muito abaixo da meta do BCE.
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