Bloomberg — A maior processadora de carnes dos Estados Unidos entrou na lista de empresas sob pressão de investidores para realizar uma auditoria independente sobre equidade racial.
A Tyson Foods deve avaliar se suas políticas e práticas impactam as comunidades de pessoas não brancas, de acordo com uma proposta de acionistas da American Baptist Home Mission Society. As preocupações incluem desde a falta de oportunidade de promoções para minorias a alegações de discriminação e assédio na empresa. A Tyson disse que estabeleceu programas para apoiar as minorias e até contratou um diretor de diversidade, equidade e inclusão.
Recomendações para auditorias de equidade racial surgiram na recente temporada de votação por procuração depois dos protestos que seguiram o assassinato de George Floyd no ano passado. Investidores registraram resoluções para empresas como Amazon.com e JPMorgan com o objetivo de investigar se seus negócios perpetuam a discriminação racial. Embora as resoluções não tenham sido aprovadas, obtiveram apoio significativo - 44% dos votos no caso da Amazon - e algumas empresas como BlackRock concordaram em realizar as auditorias. Starbucks e Airbnb já concluíram as investigações.
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Não é surpresa que o setor de carne seja alvo de tais propostas. O segmento depende de um grande número de minorias e imigrantes para o trabalho cansativo e, às vezes, perigoso de abate de animais. Quando essas processadoras de carne se tornaram os primeiros epicentros de Covid-19 no ano passado, defensores dos trabalhadores destacaram que as disparidades vistas nos surtos tinham origem na discriminação racial. A Tyson disse que se esforçou para proteger seus funcionários do coronavírus, tendo gastado US$ 700 milhões para combater surtos e contratado um médico-chefe.
A Tyson teve sua cota de dores de cabeça sobre questões diversidade. A empresa foi acusada de confundir intérpretes sobre a gravidade do surto de Covid em uma processadora de suínos em Iowa e demitiu gerentes acusados de apostar em quantos trabalhadores adoeceriam.
Em comunicado à Bloomberg, a Tyson disse que está revisando a proposta dos acionistas. Disse que as reclamações sobre os intérpretes faziam parte de uma ação judicial pendente e que a empresa “trabalhou muito para fornecer treinamento e educação sobre o coronavírus em vários idiomas para membros de nossa equipe com o fim de ajudar a garantir que estivessem seguros”.
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“A diversidade de nossa força de trabalho é uma das coisas que mais nos orgulha”, disse a Tyson, com 27% dos funcionários hispânicos ou latinos, 25% de negros e 11% asiático-americanos, que falam 50 idiomas. A Tyson disse que oferece aos trabalhadores aulas de idiomas gratuitas e tem um programa de desenvolvimento de carreira que dá aos trabalhadores da linha de frente treinamento gratuito e certificações.
Em junho, a Tyson contratou seu primeiro diretor de diversidade, equidade e inclusão para garantir que cada nível de emprego seja diversificado.
Dos 14 membros do conselho de Tyson, dois são negros e quatro são mulheres.
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