URGENTE: Produção industrial cai 1,3% em julho e fica abaixo do patamar pré-pandemia

Resultado da indústria ficou 2,1% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, informou o IBGE

Indústrias de bebidas e de veículos tiveram maiores destaques negativos
02 de Setembro, 2021 | 09:04 AM

Bloomberg Línea — A produção industrial brasileira recuou 1,3% em julho na comparação mensal, após retração de 0,2% no mês anterior. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • Com o resultado, a indústria acumula queda de 1,5% em dois meses, após alta de 1,2% em maio.
  • No ano, a indústria acumula alta de 11% e, em doze meses, de 7%.
  • O indicador ficou 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020
  • O recuo de julho alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados.

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Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, em nota, o resultado é ainda efeito da pandemia de Covid-19.

“No início do ano, houve fechamento e restrições sanitárias maiores em determinadas localidades, que afetaram o processo de produção. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, a produção industrial agora sente os efeitos do encarecimento do custo e do desarranjo de toda cadeia produtiva”

André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE

Setores

O setor de bebidas teve uma das maiores contribuições negativas, com queda de 10,2%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas, quando acumulou alta de 11,7%.

  • Produtos alimentícios recuou 1,8%, a segunda seguida, acumulando perda de 3,8%.
  • Setores de veículos automotores, reboques e carrocerias recuaram 2,8%, assim como de máquinas e equipamentos (-4,0%), de outros equipamentos de transporte (-15,6%) e de indústrias extrativas (-1,2%)
  • Os setores de bens de capital (0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) tiveram resultados positivos, com o primeiro marcando a quarta expansão seguida (total de 5,9% no período) e o segundo devolvendo pequena parte do recuo de 1,7% em junho.

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.