Millennium e Barclays contratam ex-funcionários do Bank of America em Paris

Fundo de hedge e o banco aproveitaram os talentos após onda de demissões voluntárias no BofA

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Bloomberg — O fundo de hedge Millennium Management LLC e o Barclays Plc contrataram diversos banqueiros que deixaram o escritório do Bank of America em Paris no início do ano após uma leva de demissões voluntárias na instituição financeira dos EUA.

Romain Paternot, que foi diretor de ações sintéticas e empréstimo de valores mobiliários no banco norte-americano em Paris, foi para a unidade do Millennium em Dubai no início do mês, segundo uma pessoa familiarizada com o processo.

Já o Barclays contratou Niels Aage Juhl Christensen em Paris como chefe de distribuição de ações para os países nórdicos, segundo uma pessoa familiarizada com o processo. Ele já havia liderado a equipe de ações do Bank of America que atende aos países nórdicos.

No início do mês, o ex-diretor e trader de títulos híbridos do BofA Nizar Haj-Taieb ingressou na unidade de banco corporativo e de investimento do Credit Agricole SA, disse uma pessoa familiarizada com a contratação. Ele trabalhará como trader de derivativos de ativos cruzados, de acordo com seu perfil no LinkedIn.

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O mercado de trabalho bancário de Paris está passando por mudanças, já que credores estrangeiros e fundos de hedge enxergam a capital francesa como um hub na Europa continental pós-Brexit. O Bank of America foi o primeiro grande banco estrangeiro a fazer essa mudança em 2019, transferindo funcionários dos EUA, do Reino Unido e de outros lugares para seu escritório em Paris. Seu quadro de funcionários local de cerca de 450 pessoas permaneceu estável desde então, já que as novas contratações foram compensadas por uma série de demissões no início do ano.

Em julho, Gregoire Thomas, ex-chefe de ações sintéticas e empréstimos de valores mobiliários para Europa, Oriente Médio e África do BofA, ingressou ao escritório do Millennium em Paris.

Os porta-vozes do Millennium, do Barclays, do Credit Agricole CIB e do Bank of America não quiseram comentar. Paternot e Christensen não quiseram comentar sobre sua mudança, e Haj-Taieb não respondeu a nosso pedido de comentário.

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