Experimento do BIS testa moedas digitais de bancos centrais

Estudo visa desenvolver protótipos para uma plataforma comum que permitirá a liquidação internacional em moedas fiduciárias digitais emitidas por bancos centrais

Rápido crescimento das criptomoedas é potencial ameaça aos regimes monetários existentes
Por Chanyaporn Chanjaroen
02 de Setembro, 2021 | 12:43 PM

Bloomberg — O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) testará o uso de moedas digitais de bancos centrais com Austrália, Malásia, Singapura e África do Sul em um experimento que pode levar a uma plataforma de pagamentos global mais eficiente.

Com o codinome “Projeto Dunbar”, o estudo visa desenvolver protótipos para uma plataforma comum que permitirá a liquidação internacional em moedas fiduciárias digitais emitidas por bancos centrais, disse o BIS em comunicado nesta quinta-feira (2). O sistema permitiria transações diretas em moedas digitais de bancos centrais, ou CBDCs, entre instituições, enquanto reduziria tempo e custo, de acordo com o BIS.

Veja mais: Banco Central observa regras de cripto à medida que aumenta o interesse dos investidores

Globalmente, os bancos centrais estão tentando chegar a um acordo com as tecnologias de pagamento emergentes desenvolvidas por empresas de tecnologia, incluindo as da chinesa Ant Group. Adicionalmente, o projeto Diem do Facebook, anteriormente conhecido como Libra, está construindo uma rede global de pagamentos que poderia atender suas próprias moedas ou moedas digitais de bancos centrais.

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O rápido crescimento das criptomoedas - que são distintas das moedas digitais emitidas pelos bancos centrais - apresenta uma potencial ameaça aos regimes monetários existentes e aumenta a urgência dos debates sobre o tratamento de transferências monetárias transfronteiriças.

Os resultados do estudo devem ser publicados no início do próximo ano, disse o BIS.

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