Bloomberg — O Banco Central Europeu não deve reagir exageradamente à aceleração da inflação na Zona do Euro enquanto se prepara para a decisão de política monetária na próxima semana, segundo Yannis Stournaras, membro do Conselho do BCE.
“De acordo com a maioria das estimativas, o recente salto da inflação se deve a fatores temporários relacionados a vários gargalos no lado da oferta causados pela pandemia”, disse em entrevista à Bloomberg.
Os preços ao consumidor subiram 3% na taxa anual em agosto, o maior ganho em uma década e acima dos 2% que o BCE pretende atingir no médio prazo. Com a próxima reunião do Conselho do BCE marcada para 9 de setembro, autoridades mostram seus argumentos para a trajetória da política monetária.
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“A evolução salarial e os custos unitários de mão de obra, que determinam o núcleo da inflação, não apresentam a mesma volatilidade da inflação cheia”, disse. “Portanto, com base nessas evidências, aconselho cautela quanto ao curso da inflação em relação à nossa meta de médio prazo.”
Em contraste com Stournaras, Klaas Knot e Robert Holzmann, que costumam ser mais favoráveis ao aperto monetário, querem que o BCE desacelere as compras de títulos no quarto trimestre, refletindo a melhora da economia da região.
Eles disseram em entrevistas separadas na terça-feira que o programa da pandemia do BCE deveria terminar em março, conforme planejado atualmente.
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