Maioria das empresas vê possibilidade de vacinação obrigatória

Pesquisa da Willis Towers Watson mostra que 52% dos empregadores considera tornar vacina contra o Covid-19 obrigatória

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Bloomberg — A vacinação obrigatória caminha para se tornar mais comum no mercado de trabalho.

A maioria dos empregadores norte-americanos - 52% - está planejando ou considerando tornar a vacina contra o Covid-19 obrigatória até o final do ano, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela consultoria Willis Towers Watson. Atualmente 21% das empresas pesquisadas têm algum tipo de exigência.

As opções variam e incluem desde uma ordem específica para todos os funcionários até limitação de acesso a certas áreas apenas para trabalhadores vacinados. Cerca de 14% dos entrevistados também disseram que estão avaliando aplicar uma sobretaxa no plano de saúde para as pessoas que optaram por não se vacinar, enquanto 1% planeja impor a sobretaxa, segundo a pesquisa com 961 empregadores, realizada de 18 a 25 de agosto.

A aprovação regulatória dos EUA quanto ao imunizante da Pfizer no mês passado impulsionou um número crescente de empregadores a adotar a obrigatoriedade, à medida que a variante delta, altamente contagiosa, se espalha. Goldman Sachs, Walmart, McDonald’s e Walt Disney estão entre as empresas que exigem que pelo menos alguns funcionários sejam vacinados antes de irem para seus locais de trabalho.

“As empresas têm feito um trabalho muito bom para facilitar a vacinação”, disse Jeff Levin-Scherz, diretor administrativo de saúde e benefícios da Willis Towers Watson.

À medida que a estratégia se desenvolve, as empresas precisam planejar cuidadosamente seus incentivos e penalidades para garantir que não afetem desproporcionalmente os trabalhadores com salários mais baixos, que tendem a ser mulheres ou negros, por exemplo, e evitando uma alta acentuada nos custos de cuidados a saúde, disse Levin-Scherz.

O resultado pode não ficar evidente por algum tempo. A pesquisa mostrou que 26% dos empregadores não esperam um retorno pleno ao escritório até o primeiro trimestre do próximo ano, enquanto 39% disseram que o atraso provavelmente se estenderá até o segundo trimestre.

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