São Paulo — A Rodovias do Brasil Holding, que controla a CRB (Concessionária Rota das Bandeiras) em São Paulo, pediu, nesta segunda-feira (30), à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) registro de companhia aberta na categoria B, que permite emissão de títulos de dívida como debêntures não conversíveis em ações, mas impede oferta inicial de ações (IPO).
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A empresa tem uma proposta de primeira emissão de debêntures em série única, no valor de R$ 600 milhões, com vencimento em maio de 2030, segundo a Fitch Ratings, que atribuiu nota “AA-(exp)(bra)” à proposta, com perspectiva estável, em maio.
Segundo a agência de classificação de risco, a CRB é o único ativo da holding, entrou em operação em 2009, e, aproximadamente, 60% de seu tráfego correspondem a veículos pesados. O tráfego é impulsionado pelo transporte de bens comerciais em São Paulo.
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As debêntures serão emitidas no âmbito da holding, e estruturalmente subordinadas às dívidas da CRB. A primeira emissão de debêntures será a única dívida da holding, com uma concentração de vencimento de principal em 2030, gerando risco de refinanciamento, segundo a Fitch.
As debêntures serão indexadas ao CDI, mas haverá a contratação de um swap de CDI para IPCA, cuja contraparte será o Banco BTG Pactual durante todo o prazo da dívida.
“A CRB é uma rodovia que ainda necessita de investimentos para atender às obrigações previstas no contrato de concessão. O plano de investimento encontra-se em atraso, tendo em vista que o contrato de concessão previa o fim das principais obras de ampliação em 2015. A maior parte dos investimentos pendentes deve ser concluída até 2023 e deverá ser financiada principalmente com geração de caixa do projeto”, citou a Fitch.
A CRB tem praças de pedágio na Rodovia Romildo Prado (SP-063), em Louveira, na Rodovia Dom Pedro I (SP-O65), em Igaratá, Atibaia e Itatiba, na Rodovia Gal Milton Tavares de Souza (SP-332), em Paulínia e Engenheiro Coelho, e na Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), em Jundiaí.