Questões de governança corporativa podem pesar para ‘hot IPOs’

Empresas como Snowflake, Airbnb, Palantir Technologies e Robinhood estão atrás de seus pares de tecnologia em um ou mais aspectos relativos aos seus conselhos

Nasdaq quer que suas empresas listadas tenham pelo menos uma mulher no conselho e pelo menos uma pessoa que se identifique como uma minoria pouco representada ou LGBTQ
Por Bloomberg News
31 de Agosto, 2021 | 01:34 PM

Bloomberg — Embora o interesse dos investidores em “hot IPOs” permaneça elevado, as questões sobre a governança corporativa das empresas podem pesar em suas avaliações, de acordo com os analistas da Bloomberg Intelligence Rob Du Boff e Shaheen Contractor.

Empresas como Snowflake, Airbnb, Palantir Technologies e Robinhood Markets, que recentemente venderam ações em ofertas públicas iniciais, estão todas atrás de seus pares de tecnologia em um ou mais aspectos relativos aos seus conselhos, como independência e diversidade do presidente, escreveram Du Boff e Contractor em relatório. Quase todas as empresas têm uma estrutura de duas classes de ações com direitos desiguais de voto, limitando a voz dos acionistas minoritários na pressão por mudanças, disseram os analistas.

Usando a metodologia da Bloomberg para pontuação da composição do conselho (uma parte do pilar de governança), com base em dados de registros públicos, a Robinhood se encontraria no último lugar entre as empresas de tecnologia dos EUA, atrás no quesito de diversidade e independência da diretoria, disseram Du Boff e Contractor.

A Nasdaq está liderando um esforço para aumentar a diversidade nos conselhos corporativos. A bolsa quer que suas empresas listadas tenham pelo menos uma mulher no conselho e pelo menos uma pessoa que se identifique como uma minoria pouco representada ou LGBTQ - ou expliquem por que não têm essa representação. As mulheres agora detêm, pela primeira vez, pelo menos 30% dos assentos na maioria dos conselhos das empresas do S&P 500, resultado de anos de pressão dos investidores e regulamentações que exigem maior diversidade de gênero entre os diretores corporativos.

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