São Paulo — Após oscilar ao longo da manhã, o Ibovespa cedeu à pressão dos mercados internacionais e firmava queda, perdendo o patamar dos 118 mil pontos. Na mínima do dia, o índice chegou a marcar os 117.910 pontos. Os investidores ainda repercutem as questões políticas domésticas, que incluem preocupações fiscais, tensões entre os poderes e a crise hídrica.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2021 foi de 14,1%, uma queda de 0,6 ponto percentual ante o primeiro trimestre de 2021 (14,7%), e alta de 0,8 p.p. frente ao mesmo período de 2020 (13,3%). O dado chegou a trazer algum alívio aos ativos, já que representa uma melhora pontual, mas não se sustentou.
O Tesouro Nacional divulgou, às 14h30, o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício financeiro de 2022, com a proposta de aumento de salário mínimo para R$ 1.169 para o próximo ano, ante o atual de R$ 1.100. O Governo deve entregar o texto ao Congresso ainda hoje. O texto traz ainda o pagamento dos R$ 89 bilhões em precatórios. Também nesta terça (31), o relatório da Reforma Administrativa deve ser apresentado pelo relator Arthur Maia (DEM-BA).
- Lá fora, as bolsas europeias fecharam no vermelho, após dados de inflação na Zona do Euro trazerem um registro muito acima do esperado. Nos Estados Unidos, os índices recuaram ao longo da manhã, mas viram as quedas perderem força, com investidores buscando fechar o mês com ganhos, após recordes da véspera impulsionarem a realização de lucros.
Mercado agora
- Perto das 15h00, o Ibovespa caía 1,51%, a 117.926 pontos; se fechasse agora, o índice terminaria o mês de agosto com queda de 3,18%
- O dólar caía 0,37%, a R$ 5,17. A curva de juros tem desempenho misto: o DI para janeiro próximo opera em estabilidade, a 6,740%, enquanto o vencimento de janeiro de 2027 avança 20 pontos base, para 9,920%
- Nos Estados Unidos, o Nasdaq subia 0,01%, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 caíam 0,11% e 0,12%, respectivamente
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