Bloomberg — A ethereum resistiu a um bug que dividiu o blockchain mais usado do mundo e escancarou o risco de tokens ether falsificados.
Na semana passada, o software desatualizado causou uma bifurcação (também conhecido como fork) no livro razão digital, popular entre serviços financeiros baseados em blockchain e transações de colecionáveis online. Os usuários minimizaram os danos ao atualizar rapidamente um programa-chave e a bifurcação deve perder força, afirmou Joseph Lubin, fundador e CEO da Consensys Systems, e co-fundador da Ethereum.
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“A bifurcação na chain revelou uma única vulnerabilidade de menor escala: maior probabilidade de efetuar gastos duplos e tirar o dinheiro do sistema antes que seja corrigido naturalmente pelo protocolo”, afirmou Lubin. Ele conta que houve uma tentativa de explorar o bug, mas acrescentou que o problema está sendo resolvido rapidamente por pessoas que fazem as atualizações necessárias.
O episódio é o mais recente a evidenciar as potenciais fraquezas das criptomoedas. Apenas neste mês, a PolyNetwork foi alvo de um hack de US$ 610 milhões, provavelmente o maior já executado na esfera de DeFi (finanças descentralizadas), embora a empresa tenha afirmado que todos os fundos foram recuperados. A exchange de criptomoedas japonesa Liquid também sofreu um hack estimado em cerca de US$ 90 milhões, e a Bitcoin SV enfrentou um ataque chamado de 51% em sua blockchain.
Um programador do software no centro do bug da Ethereum disse que as coisas ficaram “por um fio”.
O ether ultrapassou os US$ 3.200 na Ásia na segunda-feira e estava sendo negociado a cerca de US$ 3.165 às 14h10, horário de Hong Kong. Isso ocorreu durante a correção do bug, caindo de cerca de US$ 3.341 em 23 de agosto para US$ 3.056 em 26 de agosto.
Mais da metade dos nodos de comunicação da Ethereum pode ter executado o bug em algum momento, segundo relatório da The Block na sexta-feira. A Block Research também identificou um endereço que explorava o bug. Várias exchanges, incluindo a Binance, pareciam minerar a versão errada, segundo tweet do desenvolvedor líder da Ethereum, Tim Beiko, na última sexta-feira.
“Isso apenas destaca como todas as principais blockchains públicos são não-lineares, o que significa que são administrados por uma comunidade de código aberto que deve ser alinhada pela maioria em princípio e no aspecto técnico para garantir o funcionamento ininterrupto da cadeia”, afirma Konstantin Richter, fundador e CEO da Blockdaemon. “Sem uma entidade central, essas coisas acontecem e são o preço a se pagar pela descentralização.”
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