Bloomberg — A Alemanha está vendo seu maior aumento na inflação importada desde o início dos anos 1980, colocando um preço nas dificuldades que as empresas enfrentam para garantir insumos em meio a uma piora na oferta.
Em julho, as mercadorias que chegaram ao país do exterior ficaram 15% mais caras do que há um ano, mostram os dados divulgados nesta sexta-feira. O custo dos bens básicos aumentou cerca de 19% e a energia aumentou quase 90%. Este último reflete uma queda nos preços em 2020, quando a pandemia paralisou a economia e corroeu a demanda.
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Com o embarque interrompido pelo ressurgimento de infecções por coronavírus e fechamentos de portos, os fabricantes são os que mais sofrem, e cada vez mais repassam custos mais altos ao consumidor.
Os preços ao consumidor provavelmente aceleraram 3,4% neste mês, de acordo com uma pesquisa antes dos dados divulgados na segunda-feira. Isso está bem acima da meta de 2% do Banco Central Europeu para a zona do euro, embora os legisladores digam que o aumento atual será temporário.
O desgaste das cadeias de abastecimento globais está pesando sobre as perspectivas de recuperação econômica mundial.
Na Alemanha, a maior economia da Europa, isso fez com que a confiança dos empresários caísse pelo segundo mês, alimentando preocupações de que as previsões otimistas de crescimento para este ano possam ser revistas para baixo. O banco central do país previu expansão de 3,7% em junho.
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