Bloomberg — A fabricante chinesa de vacinas CanSino Biologics Inc. registrou seu primeiro lucro depois de começar a gerar receita com exportações de imunizante contra a Covid-19, desenvolvida em conjunto com os militares chineses.
O lucro líquido foi de 937,1 milhões de yuans (US$ 145 milhões) nos primeiros seis meses de 2021, em comparação com uma perda de 102,2 milhões de yuans no mesmo período do ano anterior, disse a empresa de biotecnologia de Tianjin em um comunicado. A receita subiu para 2,06 bilhões de yuans, em comparação com 4,03 milhões de yuans no primeiro semestre de 2020.
A vacina da CanSino foi a primeira no mundo a passar por testes em humanos em março de 2020 e foi introduzida em fevereiro. Desde então, tem sido usada na China, México, Paquistão, Malásia e Hungria. A vacina, que usa um vírus causador do resfriado modificado para expor o sistema imunológico ao coronavírus, é semelhante às desenvolvidas pela AstraZeneca Plc e Johnson & Johnson.
A injeção da CanSino foi considerada 66% eficaz na prevenção da Covid sintomática e 91% eficaz contra sintomas graves, mas segue as vacinas da Sinovac Biotech Ltd de Pequim e da Sinopharm estatal em uso fora da China, principalmente no mundo em desenvolvimento. Seus dois rivais são os principais responsáveis pelas 770 milhões de doses que a China já enviou ao resto do mundo.
A vacina da Covid é a primeira a gerar vendas substanciais para o CanSino. A empresa recebeu aprovação para uma vacina de Ebola que usava tecnologia semelhante, mas essa injeção foi adicionada aos estoques nacionais e não foi amplamente difundida.
A empresa está desenvolvendo outras vacinas para doenças que variam de pneumonia a tuberculose. Ela fechou um acordo com a Pfizer Inc. em julho de 2020 para promover sua vacina contra meningite, que concluiu seu trabalho de teste clínico e está pendente de aprovação na China.
-- Com a ajuda de Claire Che.
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