Bloomberg — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado (28) que os comandantes militares acreditam que possa ocorrer um outro ataque terrorista nas proximidades do aeroporto de Cabul nas próximas 24 e 36 horas. Ele considera “altamente provável” um novo atentado e disse que as forças militares continuarão a “caçar” os responsáveis pelo ataque de quinta-feira, que matou pelo menos 88 pessoas, incluindo 13 militares dos EUA.
Enquanto vários países diminuem o ritmo de retirada de civis do Afeganistão, o Pentágono vai contra as informações de que o Taliban está tomando o controle do aeroporto de Cabul antes do prazo de retirada de 31 de agosto, dizendo que o transporte aéreo dos afegãos em fuga continuou no sábado.
O Reino Unido está concluindo seus últimos vôos e alguns dos 1.000 soldados britânicos no Afeganistão começaram a partir. Os EUA e seus aliados resgataram outras 6.800 pessoas pelo aeroporto de Cabul na sexta-feira, elevando o total para cerca de 111.900 desde o início da operação em 14 de agosto, disse o secretário de Defesa Lloyd Austin no Twitter.
Biden disse que a situação no local continua “extremamente perigosa” e instruiu os comandantes a “tomarem todas as medidas possíveis para priorizar a proteção dos oficiais”. O presidente americano disse ainda discutiu com sua equipe de segurança como ajudar as pessoas a deixarem o Afeganistão depois que as forças dos EUA forem embora.
O Departamento de Defesa divulgou os nomes de 13 militares que morreram no atentado terrorista perto do aeroporto de Cabul. Eles incluem 11 fuzileiros navais, um homem do hospital e um sargento do Exército. Todos, exceto dois, tinham entre 20 e 23 anos. As outras duas vítimas tinham 25 e 31 anos.
Mais cedo, o Pentágono aumentou o número de vítimas em um ataque aéreo de represália contra alvos do ISIS-K na província de Nangahar, a leste de Cabul, para dois mortos e um ferido, de acordo com o major-general americano William Taylor em uma reunião no sábado.
Os alvos eram “planejadores e facilitadores do ISIS-K”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa John Kirby. “Eles perderam alguma capacidade de planejar e conduzir missões”, disse Kirby a repórteres, embora “o fluxo de ameaças ainda esteja ativo” e o ataque não “nos deixe livres”.
Os EUA relataram inicialmente a morte de uma pessoa, que era suspeita de estar envolvida na trama de novos ataques, mas não tinha ligação direta com o ataque de quinta-feira em Cabul, de acordo com um oficial dos EUA.
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