Dona da Mandic, Claranet pede registro de IPO na CVM

Empresa de tecnologia focada em nuvem, cibersegurança e dados protocola prospecto preliminar de oferta inicial, que tem Itaú BBA (líder), BTG, XP e Morgan Stanley como coordenadores

Claranet protocolou prospecto preliminar de seu IPO na CVM
27 de Agosto, 2021 | 04:08 PM

São Paulo — A Claranet, empresa de soluções de computação em nuvem, cibersegurança e dados, sediada em Barueri (Grande SP), vai abrir capital na B3. Dona desde abril deste ano da Mandic, uma das mais tradicionais empresas do mercado de tecnologia do Brasil, a companhia pediu registro de uma oferta inicial de ações (IPO) à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A operação tem como coordenadores o Itaú BBA (líder), BTG Pactual, XP e Morgan Stanley.

Veja mais: Santander prevê 55 novas companhias listadas na B3 em 2021 com onda de IPOs

A oferta servirá para que os acionistas (Clarenet Group, RW Brasil e Oria Tech) vendam lote de ações em distribuição secundária. Os recursos a ser captados na oferta primária devem ser utilizados para pagamento de obrigações e despesas gerais corporativas e de vendas; aquisição de empresas; e investimento em crescimento orgânico da companhia, segundo o prospecto preliminar.

Veja mais: Gigante dos cosméticos Coty protocola prospecto para IPO no Brasil

PUBLICIDADE

A empresa recebeu, em 2015, aporte da 2bCapital, gestora de private equity controlada pelo Bradesco, por meio do fundo de investimento em participações denominado “Brasil Capital de Crescimento I - Fundo de Investimento em Participações – Multiestratégia”.

“A 2bCapital, para além do aporte de capital que realizou na condição de acionista, que permitiu reforçar nossos investimento operacionais, contribuiu no aprimoramento da nossa governança corporativa, que segue os mais altos padrões do mercado”, diz o prospecto.

Riscos

Ao listar os fatores de riscos de seu negócio, a Claranet cita, por exemplo, “intervenções governamentais, resultando em alteração na economia, tributos, impostos, tarifas, ambiente regulatório ou regulamentação no Brasil ou outros mercados em que a companhia atua, bem como inflação e os esforços do governo federal de combate à inflação”. Também são mencionados “instabilidade política no Brasil”, “efeitos de eventual reforma tributária” ou “eventual aumento do endividamento da companhia e/ou incapacidade de contratar novos financiamentos e executar o seu plano de expansão”.

“Um dos pilares da nossa estratégia de crescimento dá-se através de aquisições, buscando selecionar empresas com oferta de produtos de qualidade, base sólida de clientes e que tenham desenvolvido tecnologia capaz de ampliar e/ou complementar o nosso portfólio de produtos e serviços, fortalecendo nossa proposta de valor agregado ao cliente”, diz o prospecto preliminar.

Controladora britânica

Fundada em 1992, a companhia diz ter cerca de 1.600 clientes corporativos nos mais variados setores da economia e adota um modelo de negócios baseado principalmente em contratos de longo prazo, de, em média, 48 meses. “88% dos contratos de nuvem privada e 96% dos contratos de cibersegurança são renovados, em média, por igual período, após o período inicialmente contratado”, informa no documento.

PUBLICIDADE

Em 1996, foi fundada, em Londres, a primeira empresa do Grupo Claranet, atualmente denominada por Claranet Group Limited, atual controladora.

Leia também

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 29 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.