São Paulo — A varejista Magazine Luiza vai aproveitar o período de baixa de suas ações para lançar um novo programa de recompra, com o objetivo de maximizar a geração de valor para os acionistas. O papel (MGLU3) cravou, nesta semana, a cotação mínima de R$ 18,07, menor valor em 12 meses, bem distante de sua máxima histórica (R$ 28,27), alcançada em 5 de novembro do ano passado.
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O conselho de administração da Magalu aprovou, ontem, um programa de recompra de até 40 milhões de ações, que podem ser adquiridas pela companhia até o dia 25 de fevereiro de 2023, ou seja, um prazo de 18 meses.
O dinheiro para a aquisição virá das reservas de lucro ou capital, do resultado do exercício social em andamento ou da geração de caixa da companhia. As corretoras do Itaú, do BTG Pactual e do Credit Suisse serão as intermediárias das transações em nome da Magalu.
A quantidade de papéis que podem ser adquiridos representam 0,60% das ações totais emitidas pela Magalu e 1,41% das ações em circulação da companhia.
Em fato relevante, a Magalu informou ainda que encerrou o programa de recompra criado em 26 de agosto do ano passado, após adquirir 40 milhões de papéis. O preço médio das ações adquiridas foi de R$ 22,27.
Correção negativa
A Magalu poderá utilizar as ações adquiridas para “permanência em tesouraria e posterior venda e/ou cancelamento e/ou fazer frente às obrigações da companhia decorrentes do plano de opções de ações e do plano de remuneração baseado em ações, dirigidos a seus executivos e colaboradores e/ou para entrega em pagamento pela aquisição de participação societária em outras sociedades realizadas ou a serem realizadas pela companhia ou por suas controladas”.
Por volta do meio-dia, MGLU3 subia 0,64%, cotada a R$ 18,92. O papel sofre, neste ano, a correção negativa de preços das ações de companhias de e-commerce, após uma forte valorização no primeiro ano da pandemia da Covid-19.
O movimento de ciclo de altas dos juros básicos da economia diante de pressões inflacionárias tende a elevar os custos de financiamento de vendas a prazo e, por consequência, o consumo das famílias, limitando as receitas do setor de varejo, sensível à evolução de indicadores como poder de compra, renda e emprego.
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