Bloomberg — Tim Cook, CEO da Apple, receberá esta semana a décima e última parcela do acordo de pagamento feito há uma década, depois de assumir o cargo do fundador Steve Jobs (1955-2011).
A bolada consiste em cerca de 5 milhões de ações no valor de cerca de US$ 750 milhões, de acordo com cálculos da Bloomberg News. Parte do pagamento depende do retorno das ações da Apple nos últimos três anos ultrapassando pelo menos dois terços das empresas no S&P 500 - marca que a fabricante do iPhone ultrapassou com folga.
A disparada no preço das ações da Apple garantiu a Cook, aos 60 anos, enorme compensação ano após ano, e o tornou um bilionário. Atualmente, conta com um patrimônio líquido de cerca de US$ 1,5 bilhão, segundo o Bloomberg Billionaires Index. O executivo da Apple afirmou em 2015 que planeja doar a maior parte de sua fortuna e já doou milhões de dólares em ações da Apple.
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Cook ingressou na Apple no final dos anos 1990, após passagens pela Compaq e IBM. Ele rapidamente se tornou o principal executivo de operações da Apple e o número 2 para Jobs. Por melhor que Jobs fosse em sonhar com o próximo grande produto, Cook era um especialista em fazer esses dispositivos acontecerem, em termos de fabricação e distribuição.
Receita dobrada
Quando sucedeu Jobs há 10 anos, alguns observadores duvidaram que o tecnocrático Cook pudesse se equiparar ao poder da estrela de seu predecessor e continuar a seqüência de sucesso da Apple. Mas, sob sua direção, a receita da empresa mais que dobrou e suas ações retornaram mais de 1.100%, empurrando o valor de mercado da empresa para mais de US$ 2 trilhões.
Ele supervisionou uma expansão significativa em serviços online, grandes aquisições como Beats e unidade de modem celular da Intel, um impulso em chips e tecnologias personalizadas, wearables como AirPods e Apple Watch, e grandes expansões para as linhas de iPhone e iPad.
Sua liderança também teve tensões e problemas, como um lançamento fracassado de seu aplicativo Maps em 2012, que foi em grande parte retificado, críticas sobre o pagamento de impostos da empresa e acordos fiscais com a Irlanda, e uma disputa pública com os EUA sobre a criptografia de seus smartphones.
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