Family office do bilionário Simon Nixon deve aumentar apostas em cripto

Empresas de capital fechado enxergam criptomoedas como possível proteção para inflação mais alta e taxas de juros baixas prolongadas

O interesse de family offices em criptomoedas se manteve este ano, mesmo com os preços oscilando vertiginosamente
Por Ben Stupples
26 de Agosto, 2021 | 10:33 AM

Bloomberg — O bilionário Simon Nixon quer aumentar seus investimentos em criptomoedas, com cada vez mais ultra-ricos adotando ativos digitais em todo o mundo.

Seu family office, Seek Capital, busca aumentar sua “alocação para criptomoedas, pois consideramos que é uma área importante para o futuro”, afirmou Adam Proctor, diretor-gerente da empresa Nixon sediada em Londres, em um comunicado. A empresa está procurando contratar um analista para se concentrar no setor, disse Proctor, que ingressou este ano vindo do banco privado do Citigroup Inc.

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O interesse de family offices em criptomoedas se manteve este ano, mesmo com os preços oscilando vertiginosamente. O Bitcoin, por exemplo, se recuperou mais de 50% desde meados de julho. Outras moedas - incluindo Ethereum, ADA e Dogecoin - também subiram recentemente devido a sinais de aceitação popular.

Pesquisa recente do Goldman Sachs Group Inc. descobriu que quase metade dos family offices com os quais faz negócios desejam adicionar moedas digitais aos seus investimentos, com as empresas de capital fechado enxergando criptomoedas como uma possível proteção para inflação mais alta e taxas de juros baixas prolongadas.

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O bilionário mexicano Ricardo Salinas Pliego revelou em novembro que colocou uma parte de seus fundos líquidos em Bitcoin. Michael Novogratz e o family office de Christian Angermayer são fundadores do Cryptology Asset Group, que se comprometeu em junho a alocar US$ 100 milhões nos próximos dois anos para fundos relacionados à criptomoedas.

Nixon, 54, cofundou o site de comparação de preços Moneysupermarket.com como uma empresa de listagens de hipotecas em 1993. Ele termnou de vender suas ações na empresa em 2016. Ele administra mais de US$ 1 bilhão em ativos pessoais no setor de tecnologia, de acordo com sua empresa de capital de risco com sede em Londres, Seek Ventures.

As crescentes fortunas de bilionários da tecnologia como Sergey Brin e Eric Schmidt ajudaram a desencadear um boom global de family offices. Uma estimativa de 2019 do pesquisador Campden Wealth avaliou os ativos do family office em quase US$ 6 trilhões em todo o mundo.

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