Ameaçada por parceria entre B3 e Totvs, Sinqia inicia oferta restrita de ações para levantar até R$ 550 mi

Fornecedora de softawares quer usar recursos para ampliar participação no mercado de aplicativos para o setor financeiro

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São Paulo — A Sinqia, fornecedora de softwares para o mercado financeiro, inicia, nesta quinta-feira (26), o roadshow de sua oferta restrita de ações no Brasil e no exterior. O bookbuilding está previsto para ser encerrado no próximo dia 2 de setembro, com início de negociação das ações na B3 no próximo dia 6.

Essa movimentação da Sinqia é de interesse de outras companhias do segmento de software para serviços financeiros. Em julho, um relatório do banco BTG Pactual considerou que a parceria da Totvs com a B3, que criará a empresa de tecnologia financeira Dimensa, seria “negativo” para a Sinquia, dona de 6% de participação desse segmento, pois ameaçaria sua consolidação em um mercado sem grande concorrência.

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“A Companhia pretende investir os recursos líquidos obtidos por meio da Oferta Restrita para seu crescimento inorgânico, em especial, a ampliação de sua participação no mercado de softwares aplicativos para o setor financeiro, por meio de potenciais transações de investimento e/ou aquisição de participação em ativos, negócios e/ou empresas considerados estratégicos para estratégia da Companhia”, informa a Sinqia, em fato relevante.

O conselho de administração da empresa aprovou hoje a realização da oferta pública de distribuição primária, com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM 476.

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A oferta restrita consistirá na distribuição primária de, inicialmente, 11.580.000 novas ações. A operação é liderada pelo BTG, tendo o Credit Suisse, UBS Brasil e Itaú BBA como coordenadores da oferta.

A cotação de fechamento do papel, ontem, de R$ 23,75, é usada como valor indicativo do preço por ação da oferta. Com base nesse preço, o montante da oferta restrita seria de R$ 275,025 milhões, sem considerar a colocação de ações adicionais, e de R$ 550,050 milhões, considerando a colocação da totalidade das ações adicionais.

“Caso, por qualquer razão, não haja demanda efetiva de investidores institucionais no procedimento de bookbuilding, o preço por ação será fixado pelo conselho de administração da companhia, sem diluição injustificada dos acionistas da companhia e no seu melhor interesse e no da companhia”, diz o fato relevante.

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