Bloomberg — Navios retomaram as operações de atracação em um dos terminais de contêineres do porto de Ningbo, na China, elevando o otimismo de que a atividade total em um dos portos mais movimentados do mundo será restaurada em breve, após a paralisação de duas semanas para quarentenar os estivadores.
Pelo menos cinco navios porta-contêineres deixaram o terminal de Meishan, em Ningbo, nos últimos dias, de acordo com dados de embarque compilados pela Bloomberg. Embora os serviços de coleta de contêineres ainda estivessem suspensos nesta terça-feira (24), alguns navios foram autorizados a atracar no terminal, disse um funcionário do porto de Ningbo-Zhoushan.
Veja mais: Congestionamento de navios nos EUA perto do recorde de fevereiro
O aeroporto de Ningbo também deve restaurar os voos entre a cidade e Pequim nesta quarta-feira (25), disseram as autoridades em um post nas redes sociais. Os voos diretos para a capital chinesa foram cancelados a partir de 11 de agosto, mesmo dia em que o terminal marítimo foi fechado.
“Recentemente, os portos estão ficando mais congestionados na China, já que o governo pediu um controle mais rígido em todos os procedimentos de operação devido a alguns novos casos Covid-19”, disse Du Yu, gerente geral da consultoria de navegação Drewry em Xangai. “Mas o impacto de Meishan será menor do que o que aconteceu em Yantian anteriormente.”
O terminal de Meishan, que responde por cerca de um quarto da movimentação de contêineres do porto de Ningbo, foi fechado em 11 de agosto depois que um trabalhador foi infectado com a variante delta do Covid-19. O fechamento parcial do terceiro porto de contêineres mais movimentado do mundo agravou o congestionamento em outros grandes terminais chineses, como Xangai, Xiamen e Hong Hong, à medida que os navios eram desviados em meio à incerteza sobre quanto tempo durariam as medidas de controle de vírus na cidade.
LEIA MAIS
O principal do dia: crise institucional no Brasil ofusca otimismo no exterior
Paulo Guedes: Congresso pode tirar precatórios do teto dos gastos
© 2021 Bloomberg LP