Rockefeller vê Fed prestes a se mover para reduzir estímulos

Greg Fleming diz que autoridade monetária deve seguir pelo caminho da redução se notar uma continuidade na recuperação da economia

Greg Fleming acredita que o Fed em breve começará a desacelerar seu programa de estímulo
Por Ben Stupples e David Westin
24 de Agosto, 2021 | 03:22 PM

Bloomberg — O Federal Reserve em breve começará a desacelerar seu programa de estímulos, à medida que o emprego e a economia dos EUA continuam a se recuperar, de acordo com Greg Fleming, chefe da consultoria financeira Rockefeller Capital Management. “Dados os riscos relevantes presentes, eles estão prestes a diminuir os estímulos”, disse Fleming em entrevista à Bloomberg Television. “Eu realmente acho que eles estão observando de perto os relatórios de emprego, então se você tiver outro relatório de emprego forte e eles acharem que a economia continua a se recuperar e a avançar, eles certamente começarão a reduzir.”

A maioria das autoridades do Fed concorda que os EUA podem começar a diminuir os estímulos em 2021, e os investidores aguardam com ansiedade o simpósio de Jackson Hole nesta semana, que pode oferecer insights sobre como e quando o banco central americano planeja desacelerar as compras de títulos. A próxima reunião do Fed acontecerá em 21 e 22 de setembro, enquanto o Departamento do Trabalho dos EUA deve divulgar os dados de emprego de agosto no próximo dia 3, após mostrar em julho o o maior aumento no emprego em quase um ano. 

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Fleming, ex-presidente do Morgan Stanley Wealth Management, ajudou a criar a Rockefeller Management em 2018 como um desdobramento do que já foi o family office da família do magnata do petróleo John D. Rockefeller. A empresa com sede em Nova York tem cerca de US$ 75 bilhões em ativos de clientes, um número que cresceu mais de quatro vezes nos últimos três anos.

Os clientes da empresa têm um patrimônio líquido que varia de vários milhões de dólares a mais de US$ 100 milhões e normalmente têm perspectivas de longo prazo que os tornam adequados para investir em classes alternativas com menos liquidez do que os mercados de ações, como imóveis, hedge funds e private equity.

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“Às vezes, isso se estende até mesmo a investir diretamente em empresas que estão fazendo rodadas de levantamento de capital de forma direta”, disse Fleming, em entrevista na sexta-feira.

Ele também disse que os investidores precisam continuar explorando maneiras de ganhar dinheiro fora dos EUA.

“Se você voltar ao pós-Segunda Guerra Mundial - 1960, digamos - o PIB dos EUA era mais de 40% da economia global”, disse Fleming. “Hoje está mais perto da metade disso e continuará diminuindo como percentagem do PIB global daqui para frente, então os investidores precisam pensar em investir fora do país.”

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