Chinesas precisarão informar investidores nos EUA sobre riscos

Informações mais detalhadas provavelmente serão incluídas nos relatórios anuais das companhias a partir do começo do ano que vem, segundo presidente da SEC

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Bloomberg — A Comissão de Valores mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, vai exigir que as mais de 250 empresas chinesas listadas em mercados americanos forneçam mais informações aos investidores sobre riscos políticos e regulatórios, ampliando uma exigência que antes só se aplicava a ofertas públicas iniciais (IPOs).

Gary Gensler, presidente da comissão, disse em entrevista nesta terça-feira (24) que as informações mais detalhadas provavelmente serão incluídas nos relatórios anuais das companhias a partir do começo do ano que vem. Os novos detalhes devem trazer dados sobre estruturas de empresas usadas apenas como veículos financeiros, acrescentou.

Os investidores precisam de “revelação completa e justa” das informações, disse Gensler.

“O que é divulgado é realmente adequado ao momento atual em termos de riscos regulatórios, dos vários riscos políticos?”, questionou ele.

Veja mais: Ações chinesas de tecnologia se recuperam após semana de sell-off

O maior rigor reflete a mais recente reação da SEC à repressão de Pequim ao setor privado. As medidas do governo chinês, como análises aprofundadas de segurança para empresas que querem listar papéis no exterior, chocaram Wall Street e desencadearam um grande movimento de venda de ações chinesas negociadas nos EUA.

No mês passado, Gensler disse que a SEC paralisaria IPOs de empresas chinesas até que a divulgação de informações fosse aprimorada.

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