São Paulo — A OceanPact, prestadora fluminense de serviços marítimos, busca captar R$ 420 milhões no mercado local de renda fixa para o pré-pagamento de dívida e compra de embarcação e robôs submarinos.
A companhia já contratou os bancos para a coordenar a potencial operação. O Itaú BBA será o coordenador líder, além de Itaú BBA, Bradesco BBI, ABC e Banco Votorantim.
Veja mais: Bradesco reduz recomendação e preço-alvo para ação da OceanPact
A empresa estuda dar bens e/ou ativos como garantia para a potencial captação. A definição será feita em comum acordo com os bancos coordenadores da operação.
A decisão de lançar a oferta de captação depende ainda da análise das condições do mercado de capitais, das aprovações societárias necessárias da companhia e da celebração de contratos definitivos e da conclusão satisfatória dos procedimentos usuais em operações análogas, informa a OceanPact, em comunicado.
Veja mais: Sete de doze ações de ‘tech’ valem menos que no IPO
Desvalorização de 63%
A ação da OceanPact, identificada pelo ticker OPCT3, começou a ser negociada na B3 no último dia 12 de fevereiro. O papel foi precificado na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) por R$ 11,15, piso da faixa estipulada pelos coordenadores da operação (que chegava a R$ 13,85).
Na sexta-feira passada, OPCT3 fechou a R$ 4,10, ou seja, um valor 63,2% menor do que o preço do IPO. Só neste mês de agosto, já acumula desvalorização de 44,29%.
No começo do mês, o Bradesco BBI reduziu sua recomendação para o papel, citando “maior percepção de risco de governança”, fixando o preço-alvo para R$ 5,50.
Reajustes salariais
O motivo citado foi a notícia do fechamento de um acordo coletivo de trabalho entre a companhia com o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) abrangendo os oficiais e eletricistas que trabalham em suas embarcações.
O acordo confere aos trabalhadores um reajuste anual correspondente a 36,28% entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2021.
Uma nota do Bradesco BBI citava que “os pares da OceanPact de forma conservadora decidiram registrar provisões para o assunto (desde 2016), em nossa opinião, uma ‘melhor prática’ para informar/evitar surpresas negativas para os acionistas”.
Leia também
BMG busca captar até R$ 300 mi com 1ª emissão de Letras Financeiras
Confira 10 IPOs para ficar de olho até o fim do ano na B3
Petrobras recebe sinal verde para maior plataforma de petróleo do Brasil