São Paulo — Com pouco mais de 12 meses de vida e um faturamento de R$ 5 milhões, a LeveAgro está indo ao mercado em busca de R$ 10 milhões de investidores para expandir seus negócios. Desse total, R$ 2,5 milhões serão captados por meio de uma oferta pública de ações via crowdfunding (investimento coletivo), onde venderá 3,57% das ações da empresa. Os demais R$ 7,5 milhões serão oferecidos a investidores institucionais ainda este ano, assim que a primeira rodada terminar.
Com os aportes e o plano de negócios embaixo do braço, a empresa prevê faturar R$ 200 milhões nos próximos 12 meses. Para isso, além dos fertilizantes, a LeveAgro quer incorporar à plataforma outros insumos, como defensivos.
“Cerca de 50% desse capital será usado para a compra de matéria-prima. Estamos em uma situação em que fizemos um churrasco, chegaram mais pessoas e ficamos sem dinheiro para comprar mais carne”, afirma Eduardo Nunes, presidente da empresa.
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Hoje, a LeveAgro é uma plataforma que permite fazer em tempo real cotações de fertilizantes, um dos segmentos mais concentrados do agronegócio. Na outra ponta, a empresa também atua na importação direta desses insumos, o que garante uma melhor margem de negociação junto aos produtores e também nas vendas aos clientes institucionais.
Mas a expansão não se restringe ao aumento da venda de fertilizantes e inclusão de outros insumos. A LeveAgro pretende dar os primeiros passos no universo das fintechs e das criptomoedas. “Queremos trazer uma estrutura alternativa de financiamento para o cliente final. Além de fazer a cotação e compra de insumos, o produtor poderá ter sua análise de crédito feita, gerar um rating, emitir uma CPR e já sair com o título registrado no cartório e na B3, em um processo mais rápido do que geralmente ocorre”, afirma Nunes.
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Mas as expectativas não param aí. No plano de negócios da LeveAgro está também a entrada no mercado de criptomoedas. A empresa pretende emitir tokens para que possam ser negociados no mercado de cripto. Não à toa que a escolha do parceiro para fazer a captação via crowdfunding foi a Clearbook, empresa certificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e que tem como controlador o grupo 2TM, mesmo dono do Mercado Bitcoin.
Apesar de uma operação relativamente pequena, a LeveAgro nasceu a partir da NPK, empresa que atuava como uma revenda de fertilizantes e que faturou R$ 13 milhões em 2019. Nunes, aliás, era responsável pela comercialização de fertilizantes da Louis Dreufys Commodities (LDC). Com o processo de digitalização iniciado em 2020 por conta da pandemia, a empresa mudou a forma de atuar, deu um passo atrás, redesenhou toda a operação e mudou de nome. Com sede em São Paulo, a LeveAgro tem filiais em Catalão, Cuiabá e Curitiba.
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