Investidores injetam dinheiro em ETF de mercado emergente que exclui China

Novas medidas regulatórias do país assustam participantes do mercado, que preferem investir em países emergentes sem correr riscos

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Bloomberg — Investidores que adoram mercados emergentes mas ficam assustados com a pressão regulatória da China estão injetando mais dinheiro que nunca em um ETF aparentemente feito sob medida para este momento.

O ETF iShares MSCI Emerging Markets ex-China de US$ 1,2 bilhões – fundo negociados em bolsa que monitora ações em países em desenvolvimento, exceto a China - atraiu US$ 304,8 milhões em investimentos em agosto. Isso abre as portas para a maior entrada de dinheiro mensal desde sua criação há quatro anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.

“A China passou por um mês terrível em termos de controle e intervenção, o que afetou diversos setores”, disse Andres Calderon. gerente financeiro da RVX Asset Management LLC, em Miami. “É fácil convencer o investidor: compre mercados emergentes sem o risco da China”.

A corrida para a compra de ações de outros mercados emergentes ocorre no momento em que o indicador da MSCI Inc. de ações chinesas e o EFT MSCI China, que monitora esse índice, chegaram aos níveis mais baixos em quase 14 meses. O índice perdeu cerca de um terço de seu valor desde fevereiro, depois que o banco central retirou o caixa de curto prazo do mercado, ampliando as perdas enquanto as expectativas de crescimento diminuem e o governo intensifica a regulamentação que afeta os setores de educação e tecnologia.

A medida afetou outros fundos com foco na China também. O Fundo KraneShares CSI China Internet de US$ 4,7 bilhões, conhecido como KWEB, deve passar pela primeira retirada de recursos semanal desde o início de julho. Desde o pico em fevereiro, as ações do fundo caíram cerca de 58%, chegando ao preço mais baixo desde que a pandemia balançou os mercados em março de 2020.

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