Investidores injetam dinheiro em ETF de mercado emergente que exclui China

Novas medidas regulatórias do país assustam participantes do mercado, que preferem investir em países emergentes sem correr riscos

Pressão regulatória do pais sobre mercados considerados injustos afasta investimentos
Por Maria Elena Vizcaino
20 de Agosto, 2021 | 05:09 PM

Bloomberg — Investidores que adoram mercados emergentes mas ficam assustados com a pressão regulatória da China estão injetando mais dinheiro que nunca em um ETF aparentemente feito sob medida para este momento.

O ETF iShares MSCI Emerging Markets ex-China de US$ 1,2 bilhões – fundo negociados em bolsa que monitora ações em países em desenvolvimento, exceto a China - atraiu US$ 304,8 milhões em investimentos em agosto. Isso abre as portas para a maior entrada de dinheiro mensal desde sua criação há quatro anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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“A China passou por um mês terrível em termos de controle e intervenção, o que afetou diversos setores”, disse Andres Calderon. gerente financeiro da RVX Asset Management LLC, em Miami. “É fácil convencer o investidor: compre mercados emergentes sem o risco da China”.

A corrida para a compra de ações de outros mercados emergentes ocorre no momento em que o indicador da MSCI Inc. de ações chinesas e o EFT MSCI China, que monitora esse índice, chegaram aos níveis mais baixos em quase 14 meses. O índice perdeu cerca de um terço de seu valor desde fevereiro, depois que o banco central retirou o caixa de curto prazo do mercado, ampliando as perdas enquanto as expectativas de crescimento diminuem e o governo intensifica a regulamentação que afeta os setores de educação e tecnologia.

A medida afetou outros fundos com foco na China também. O Fundo KraneShares CSI China Internet de US$ 4,7 bilhões, conhecido como KWEB, deve passar pela primeira retirada de recursos semanal desde o início de julho. Desde o pico em fevereiro, as ações do fundo caíram cerca de 58%, chegando ao preço mais baixo desde que a pandemia balançou os mercados em março de 2020.

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