Azul conversa com credores para comprar operações da Latam Brasil

Um porta-voz da Latam negou, em resposta ao Wall Street Journal, que a companhia aérea chilena tenha interesse de vender a operação no Brasil

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São Paulo — A Azul tem conversado com com credores para comprar as operações da rival Latam no Brasil, de acordo com fontes que falaram ao americano Wall Street Journal.

A Azul estaria aberta para comprar a empresa inteira e depois vender operações em outros países, e a empresa brasileira também está aberta a uma possível joint venture com a Latam para complementar seus negócios atuais no Brasil, conforme as fontes do jornal.

Perto das 12h55, os papéis da Azul subiam 1,31% em São Paulo, a R$ 35,66, após tocar os R$ 36,58 com a notícia, revertendo a queda vista na abertura. No ano, a ação acumula perdas de 9,26%.

As diferentes unidades nacionais da Latam entraram em processo de falência no ano passado em meio à turbulência causada pela pandemia. As companhias conversaram sobre um possível negócio no início do processo de falência, mas a Latam, com sede em Santiago, interrompeu as negociações porque os proprietários da empresa chilena não queriam abrir mão do controle do grupo, de acordo com a fonte do WSJ.

“O Brasil tem suas vantagens e oportunidades”, e a Azul está focada nelas, disse a fonte, segundo o jornal.

Um porta-voz da Latam disse que a empresa não tem intenção de vender sua operação brasileira, e que a companhia aérea espera apresentar seu plano de reorganização e sair da recuperação judicial este ano.

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Os credores da Latam terão que aprovar o plano de falência, e uma combinação com a Azul provavelmente resultaria em menos dinheiro para os credores da empresa chilena, mas qualquer acordo deve levar meses para ser concluído, disse a pessoa.

Mais de 40 companhias aéreas em todo o mundo suspenderam ou encerraram as operações desde o início do ano passado, em meio à queda acentuada nas viagens causada pela pandemia. A Avianca Holdings SA da Colômbia também entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA em maio de 2020, assim como a Latam.

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