Apple adia retorno a escritórios pelo menos até janeiro

A empresa ainda não exigiu vacinação ou testes, embora tenha ampliado seu programa para três testes de Covid em casa por semana

A diretora de recursos humanos e de varejo, Deirdre O’Brien, comunicou que atualmente não espera fechar os escritórios ou lojas de varejo
Por Mark Gurman
20 de Agosto, 2021 | 10:30 AM

Bloomberg — Antes programada para outubro, a volta dos funcionários da Apple aos escritórios foi adiada até pelo menos janeiro devido ao aumento de casos de Covid-19 e novas variantes, segundo memorando enviado à equipe na quinta-feira.

A empresa disse aos funcionários que planeja confirmar o cronograma de reabertura um mês antes do retorno obrigatório aos escritórios. A Apple tinha planejado que todos os funcionários retornassem aos escritórios corporativos no início de setembro, mas depois adiou a volta até outubro. Quando os funcionários forem obrigados a retornar, deverão trabalhar no escritório pelo menos três dias por semana - segundas, terças e quintas-feiras - com trabalho remoto disponível às quartas e sextas-feiras.

O memorando para a equipe, enviado pela diretora de recursos humanos e de varejo, Deirdre O’Brien, acrescentou que a empresa atualmente não espera fechar os escritórios ou lojas de varejo. Mas ela incentivou a equipe a se vacinar. A empresa ainda não exigiu vacinação ou testes, embora tenha ampliado seu programa para três testes de Covid em casa por semana. Uma porta-voz da Apple não quis comentar o memorando.

Veja mais: Apple vai aumentar frequência de testes de Covid nas equipes

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Em julho, a fabricante do iPhone se tornou uma das primeiras gigantes da tecnologia dos Estados Unidos a adiar o retorno à normalidade em meio à propagação de variantes do coronavírus durante o verão. Agora, o avanço da cepa delta ao redor do mundo leva à reformulação dos planos de retorno por grandes empresas dos EUA, mesmo que as taxas de infecção ainda correspondam a cerca de 25% do pico.

Depois de suspender a exigência do uso de máscara em junho, a Apple restabeleceu a política no mês passado. Em menos de um dia, a empresa também desistiu do plano de retomar cursos presenciais nas lojas.

Na quinta-feira, a Apple fechou uma loja de varejo na Carolina do Sul, depois que mais de 20 funcionários testaram positivo ou foram expostos à Covid-19. A empresa também reduziu o horário de funcionamento em algumas unidades de varejo devido, em parte, ao afastamento de funcionários por causa do coronavírus.

Veja mais: Wall Street ajusta planos de retorno com avanço de cepa delta

A Apple é mais uma empresa a adiar o retorno aos escritórios até 2022, seguindo os passos da Lyft, Amazon.com, Facebook, entre outras. O retorno em janeiro de 2022 significaria que os funcionários da Apple terão passado quase dois anos sem serem obrigados a entrar nas instalações corporativas, desde o início do surto de Covid-19 nos Estados Unidos em março de 2020.

Recentemente, a empresa implementou um programa para permitir que alguns funcionários do varejo trabalhem em casa, com o atendimento de clientes online. As lojas físicas desempenharão um papel fundamental nos próximos meses com os lançamentos programados de iPads, iPhones, Apple Watches, AirPods e Macs.

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