ADM e Marathon Petroleum criam joint venture para produzir diesel à base de soja

Nova empresa assumirá a esmagadora que está sendo construída em Spiritwood, na Dakota do Norte, que terá capacidade para produzir 272 mil toneladas de óleo de soja por ano

ADM e Marathon criam joint venture para produzir diesel renovável a partir de óleo de soja e atender crescente demanda do mercado
19 de Agosto, 2021 | 07:25 PM

São Paulo — As americanas Marathon Petroleum e ADM anunciaram hoje a criação de uma joint venture para produzir diesel renovável à base de óleo de soja. A nova empresa será controlada pela ADM, que ficará uma fatia de 75% do capital, sendo os demais 25% da Marthon.

A nova companhia que nasce assumirá as operações do complexo de processamento de soja que a ADM está construindo em Spiritwood, na Dakota do Norte, com investimento de US$ 350 milhões. A expectativa é que a nova unidade entre em operação em 2023, processando o grão para produzir o óleo de soja, que será fornecido integralmente à Marathon para refino e produção de diesel.

PUBLICIDADE

A fábrica terá capacidade para produzir anualmente 600 milhões de libras (272,15 mil toneladas) de óleo de soja refinado, matéria-prima suficiente para gerar 75 milhões de galões (283,9 milhões de litros) de diesel renovável por ano.

Veja mais: Lucro global da ADM cresce 50% no 2º trimestre do ano

Marathon Petroleum opera o maior sistema de refino dos Estados Unidos. Empresa usará óleo de soja produzido em Spiritwood para abastecer refinaria de Dickinson

“A ADM sempre esteve na vanguarda dos combustíveis inovadores feitos da natureza e estamos em uma posição única para tomar medidas para reduzir a intensidade de carbono de nossos negócios e liderar nossa indústria enquanto vivemos nosso propósito”, disse Ken Campbell, presidente da operação de óleos, biodiesel e química renovável na América do Norte da ADM.

PUBLICIDADE

A ADM já fornece óleo de soja à Marathon para a produção de diesel renovável, mercado que deve demandar cerca de 5 bilhões de galões (18,9 bilhões de litros) em 2025. A expectativa com o acordo é que o relacionamento entre as empresas seja ampliado.

Veja mais: Refinarias aumentam lucros, mas avanço da Covid ameaça margens

“Na MPC, estamos nos desafiando a sermos líderes em energia sustentável”, disse Dave Heppner, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da MPC. “Esta joint venture marca mais um passo no avanço de nossa capacidade de otimizar e fornecer matéria-prima com vantagens logísticas para nossa instalação nas proximidades de Dickinson, e também cria uma plataforma para maior colaboração com um parceiro de classe mundial à medida que continuamos a investir em um futuro sustentável e diversificado em energia”, disse.

PUBLICIDADE

Leia também

Bolsa e dólar sobem com tensão no exterior e incertezas fiscais em Brasília

Para Unica, Conab é otimista ao estimar em ‘apenas’ 10% queda na produção de etanol

Facebook é alvo de novo caso antitruste nos EUA

Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.