São Paulo — Crítico do governo federal na gestão da pandemia, o governador João Doria chamou o presidente Jair Bolsonaro de “criminoso”, que será julgado pela História e por tribunais nacionais e internacionais.
“A grande lição é que o Brasil é maior do que aqueles que o comandam”, disse Doria em entrevista presencial para a Bloomberg Línea, no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de SP). “Depois de passar por este teste do Bolsonaro, um negacionista, um criminoso que será julgado por tribunais tanto no Brasil quanto internacionais, [isso] é prova de que esse país tem grandeza”, disse.
“Porque sobreviver a um período tão dramático da vida mundial com um negacionista, dizendo que isso era uma gripezinha, um resfriadozinho, [que dizia] não use máscara, que tira máscara de criança, alguém que compra cloroquina e não compra vacina... E o país sobreviver a tudo isso. Essa é a grandeza do país; é um legado triste, mas que nos traz força para saber que o Brasil é maior do que aquele que o comanda”, completou.
Veja o vídeo:
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Na entrevista, Doria disse que a maioria dos brasileiros não quer “nem o horror nem o terror” na política, se referindo à provável disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva na eleição de 2022.
“Nós temos 50% do eleitorado que não quer nem Lula nem Bolsonaro. Isso é muito claro no Brasil; aqui em São Paulo, diria que é ainda um pouco mais: 55% dos eleitores não querem os extremos. Não querem nem o horror e nem o terror; nem Lula nem Bolsonaro”, disse.
Para Doria, isso significa que há uma “grande avenida” para de terceira via apresentar um “candidato liberal, com propostas para a recondução do Brasil para a saúde, para a vida, para o crescimento, para o progresso, para a geração de emprego e para a esperança”.