UEFA se aproxima de pacote de US$ 7 bilhões para futebol europeu: Fontes

Financiamento faz parte de uma estratégia tripla para ajudar clubes que enfrentam mais de um ano de estádios fechados, bem como queda das receitas de transmissão

UEFA vai tentar evitar que clubes com proprietários super-ricos obtenham uma vantagem injusta nas ligas europeias ao introduzir novos limites aos salários dos jogadores
Por David Hellier e Daniele Lepido
13 de Agosto, 2021 | 12:34 PM

Bloomberg — A UEFA dá os retoques finais em um pacote de resgate avaliado em 6 bilhões de euros (US$ 7 bilhões) para ajudar o futebol europeu a se recuperar do impacto da pandemia, segundo pessoas a par do assunto.

O financiamento faz parte de uma estratégia tripla proposta pelo órgão dirigente do futebol, a ser detalhada nas próximas semanas, para ajudar clubes que enfrentam mais de um ano de estádios fechados, bem como queda das receitas de transmissão.

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O plano da UEFA envolve uma linha de financiamento de 2 bilhões a 6 bilhões de euros, uma reserva de emergência para se proteger contra crises futuras e novas regras sobre o chamado fair play financeiro, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

Segundo as propostas, os clubes terão acesso a fundos com juros mais baixos e poderão reestruturar a dívida existente por períodos mais longos de cinco a sete anos, disseram as fontes. A UEFA tem negociado os planos de financiamento com a empresa de investimento Centricus Asset Management, com sede em Londres, segundo reportagem da Bloomberg News em abril.

Um representante da UEFA não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

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As medidas chegam em um momento frágil para o esporte favorito do mundo, cujos jogos nas maiores competições da Europa foram afetados pela pandemia, incluindo a Champions League da UEFA. O mercado europeu de futebol encolheu pela primeira vez desde a crise financeira na temporada 2019/2020, com queda da receita de 13%, para 25,2 bilhões de euros, de acordo com relatório de julho da Deloitte.

Com isso, até mesmo os clubes mais prestigiados foram abalados. O FC Barcelona não conseguiu fundos para renovar o contrato de Lionel Messi, considerado por muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos. Messi assinou esta semana com o Paris Saint-Germain FC.

A UEFA vai tentar evitar que clubes com proprietários super-ricos, como o Chelsea FC e o Manchester City FC do Reino Unido, obtenham uma vantagem injusta nas ligas europeias ao introduzir novos limites aos salários dos jogadores, disse uma das pessoas.

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No início do ano, o Barcelona estava entre um grupo de times de ponta que buscavam aumentar e garantir receitas futuras com a separação da Liga dos Campeões da UEFA para formar uma nova Superliga Europeia. O plano, que seria financiado pelo JPMorgan Chase, foi por água abaixo em questão de dias, depois de fortes críticas de torcedores e políticos.

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