Luiza Trajano: “Dizem que sou de direita quando defendo privatizar Correios; e de esquerda quando defendo Bolsa Família”

EXCLUSIVO: presidente do conselho do Magalu fala sobre ataques no Twitter após anúncio de programa de trainees negros: “tomamos paulada por 72h, mas estamos certos”

Presidente do conselho do Magalu diz que resolver desigualdade salarial de mulheres "é questão de caneta"
12 de Agosto, 2021 | 07:30 AM

São Paulo — Em seus dias de quarentena em Lisboa, Portugal, antes de visitar os netos em Paris, na França, a empresária Luiza Helena Trajano contou à Bloomberg Línea que descarta a possibilidade de ser candidata à presidência em 2022 - mas ainda pretende ajudar o país por meio de seu grupo, o Mulheres do Brasil.

A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, e mãe do atual CEO da companhia, Frederico Trajano, deu detalhes sobre como foi o plano da empresa de criar um programa de trainees só para negros, comentou rumores de que a empresa compraria os Correios e explicou sobre a cultura da digitalização que vem implementando.

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Aos 69 anos, a empresária acumula patrimônio pessoal de US$ 4,8 bilhões, (cerca de R$ 25,1 bilhões), de acordo com o ranking da Forbes. Sua empresa, o Magazine, tem valor de mercado de R$ 142,4 bilhões, segundo dados da Bloomberg.

Veja a seguir os destaques da entrevista e a conversa na íntegra:

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  • “Digo para meus amigos presidentes [de empresas] que alguém ganhar 20% a menos por ser mulher é uma questão de caneta, é só querer”
  • “Imagina estatais que só dão prejuízo, por que não? O governo tem que tratar da saúde, da educação, da segurança e da habitação. Quando sou a favor disso, defendo abertura de mercado, privatizar Correios, dizem que sou de direita; quando eu defendo o Bolsa Família dizem que eu sou da esquerda. Tem coisas que eu sou bem liberal
  • “O digital não é um software ou uma plataforma, é uma cultura. A maioria acha que por um site, um aplicativo, está digitalizando sua empresa”
  • “Tivemos 72 horas de paulada no Twitter quando lançamos o programa de trainee para negros”

Você também pode assistir os melhores momentos da conversa com a Luiza Trajano no Youtube

Bloomberg Línea: Como foi o lançamento das lojas no Rio de Janeiro?

Luiza Trajano: O marketing do Magalu e do mercado nunca mais serão os mesmos depois do que fizemos na entrada no Rio. Começamos com uma declaração ao Rio, dizendo como ele é bonito, um manifesto. Estamos usando a nossa influencer Lu com a Anitta de uma forma tão inteligente, no TikTtok, ela visitando a anitta. Até a concorrência usou. O Ponto Frio, que é do Rio, colocou a Lu de bota na praia, que não é verdade, e de jaqueta, e dizia “quem entende do Rio somos nós”. O Cristo também ficou iluminado de Magalu no dia da abertura. Os trens do Rio estão envelopados de Magalu, com serviço de wi-fi de graça por um ano. Vamos abrir um total de 50 lojas no Rio. Isso é muito importante para o mercado entender que apesar de a gente ser muito forte no digital, a loja física ainda pode tomar um novo formato.

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BL: Como vê a questão das privatizações?

Luiza: Acho que saúde não deve ser privatizada, assim como alguns bancos. Banco do Brasil e Caixa Econômica têm que ficar do jeito que está, de forma mista. Saúde e educação eu não sou a favor de privatizar, mas imagina estatais que só dão prejuízo, por que não? O Governo tem que tratar da saúde, da educação, da segurança e da habitação. Quando sou a favor disso, defendo abertura de mercado, privatizar Correios, dizem que sou de direita; quando eu defendo o Bolsa Família dizem que eu sou da esquerda. Tem coisas que eu sou bem liberal.

O SUS (Sistema Único de Saúde) é o melhor sistema de saúde. Não existe no mundo um sistema, em países desiguais, igual ao SUS. Ele precisa de digitalização e governança. Está perfeito na Constituição. No Mulheres do Brasil, no nosso comitê de saúde, ja defendemos o SUS há quatro anos.

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BL: E os Correios? Há rumores de interesse do Magazine Luiza em comprar os Correios, a senhora confirma?

Luiza: Nesse mundo digital, logística é indispensável. A parte dos Correios de correspondências, que quase não existe mais, pode manter com o governo, que pode continuar modernizando. Mas na parte de logística é necessário comprar aviões. Isso tudo respeitando os funcionários. Sou a favor de não destruir o que já tem. Os Correios chegam em qualquer lugar desse Brasil. Com uma gestão como foi feita com a telefonia vai baratear, gerar muito mais emprego. Logística está gerando muito emprego.

O Correio muitas vezes acaba sendo usado por partido político. Quem tem que fazer competição é o mercado, não é centralizar a competição. Só dá prejuízo. Não é uma coisa que está sustentando o Brasil. E isso eu falo quando estou com pessoas de esquerda e de direita.

Agora, se o Magazine vai entrar, eu não sei. O Magazine Luiza entra no que acha que é legal e na hora certa, ele não especula, vai na hora certa. Nós compramos mais de 15 empresas no último ano, de logística e tecnologia e também compramos outras como a Netshoes, que também é de varejo.

BL: Como era a situação das mulheres nas empresas quando a senhora começou? E como é hoje, na sua visão?

Luiza: Eu já venho de uma família de mulheres empreendedoras. Minhas tias já eram empreendedoras. Desde quando me mudei para São Paulo, novinha, e até hoje eu sou a única presidente [mulher] do varejo, e vejo como é difícil. Até hoje fico muito revoltada que, só por ser mulher, ganham 20% a 30% a menos. Digo para meus amigos presidentes [de empresas] que alguém ganhar 20% a menos por ser mulher é uma questão de caneta, é só querer. Não é uma questão hereditária. É o mais fácil de resolver, e não tem trauma.

BL: A senhora criou o grupo Mulheres do Brasil, que é uma organização da sociedade civil. Como funciona?

Luiza: Eu comecei a trabalhar o tema das mulheres há oito anos e meio. Sei que a sociedade civil é que muda um país, mas tem que ser organizada e ter unidade no propósito. Pode ter pontos de vista diferentes, mas tem que estar unido no propósito.

Eu fui convidada para ir a Brasília há oito anos e meio, quando ninguém falava em empreendedorismo feminino. A ministra Gleisi [Hoffmann, chefe da Casa Civil no governo Dilma] na época me chamou para levar umas mulheres lá e falar sobre isso. Em vez de levar duas ou três, levei 40. Inclusive as meninas líderes de Paraisópolis, que eu já conhecia e eram líderes, não empreendedoras.

A gente se reuniu antes em um lugar porque não nos conhecíamos. Tinham cinco ou seis executivas que se conheciam e eu conhecia as meninas de Paraisópolis porque fazia um trabalho lá. Então eu paguei a viagem, elas foram comigo. Eu não sei porque fiz isso, porque elas nem eram empreendedoras. Mas eram líderes que eu conhecia. Como eu ia fazer uma reunião para falar de mulheres se eu não levasse representantes da classe que o brasil tem mais?

Tinha uma exposição da artista plástica Eliana Kertész, quando saímos de lá, que se chamava Mulheres do Brasil, daí veio o nome. Ela pertenceu ao grupo, mas infelizmente morreu. Quando saímos de lá, queríamos montar um grupo. Começamos bem pequenos, com cerca de 40 a 50 mulheres, em pequenos encontros. Queriamos nos juntar não contra os homens, mas a favor das mulheres. Somos a favor dos homens, mas queremos lutar para que as mulheres tenham mais igualdade. Somos totalmente a favor da democracia e da liberdade de imprensa. Isso era inegociável, e nas nossas redes não poderia ser contra esses princípios. Nós não temos diagnóstico e temos que fazer acontecer.

Hoje temos 20 causas, estamos em mais de 100 unidades, e 92 mil mulheres de todos os segmentos. O grupo também não podia ser elitizado. Então temos 3 ou 4 grupos só de mulheres de comunidades que são pagas para irem a nossas reuniões ou participar digitalmente. Essas eram as premissas.

BL: Quem é a mulher brasileira típica, essa com quem a senhora dialoga?

Luiza: A mulher que eu dialogo há quase 10 anos é uma mulher guerreira. A mulher de classe baixa é uma ministra da economia. Ela administra com pouco uma casa, é impressionante. É uma mulher empreendedora e lutadora. O que faltava mais é autoestima. Não só ela, mas ao brasileiro. Ele foi criado assim, por conta de quase 400 anos de escravidão, além de toda essa abolição que não existiu. Essa autoestima de não-reconhecimento do brasil continuou.

BL: A senhora comentou em uma entrevista que um de seus netos te ligou para dizer que não gostaria que fosse candidata à presidência. Como foi? A senhora pensa em ser candidata?

Luiza: “Eu nunca” não existe na minha palavra de empreendedora. Sendo bem sincera, eu não acredito que nenhuma pessoa vai mudar o país se não for através de um grupo forte. Eu sou política e o grupo de mulheres do brasil é político.

Estamos ajudando cinco mil municípios na chegada da vacina contra Covid-19. O Brasil tem uma experiência de vacinação em que eu estou apaixonada. Eu já sabia disso, mas agora eu vou para a ponta. Estamos ajudando com tecnologia, com câmaras frias, e vamos deixar esse legado. A Unicef, que vacina os países mais pobres no mundo inteiro, está impressionada.

É um trabalho muito grande. Você imagina o que é ter cinco mil municípios para ajudar e melhorar para que até setembro tenhamos vacinado 75% da população. Foram premissas.

Sem melhorar a pandemia no brasil, eu estou vendo aqui [na Europa], não vamos poder fazer nada. O Brasil está com uma imagem muito ruim de pandemia. Eu já estou trabalhando nisso, mas ainda não tão intenso como pretendo a partir de setembro: fazer um planejamento estratégico para o Brasil de 2022 a 2032 em quatro pilares. São habitação, emprego, saúde e educação, ancorados pela sustentabilidade.

Eu fui para o Japão e tinha o de 2015 a 2025, que eu já trouxe e já traduzi. Estou pegando o da Suécia agora e alguns do Brasil que já existem. Vamos formar um grupo, que não é igual, mas é tipo o Unidos Pela Vacina, com homens e mulheres, para escrevermos o plano. Mas isso precisa estar na boca do povo. ‘Em 2025 eu quero estar em tal nível de educação global’, um exemplo; ‘quero ter tantos mil empregos a mais do que hoje, quero que o SUS seja digital até 2023 ou 2024’ - e ele pode ser. Uma agenda para o país e na boca do povo, como fizemos com o Unidos Pela Vacina.

BL: Mas a senhora é candidata?

Luiza: Não, e não vou ser.

BL: Acredita que seu plano de 2022-2032 seja factível?

Luiza: Se eu não tivesse quase 100 mil mulheres conosco, eu não poderia fazer isso, porque não seria ouvido. É um país democrático. Não é um projeto da Luiza Helena, é do Mulheres do Brasil, como foi o Unidos pela Vacina. Quem criou o projeto fui eu junto com o Mulheres do Brasil, porque sozinha eu não sou nada.

Eu sou empreendedora, nunca vou dizer que não é [factível]. Faz um ano que estou trazendo planos, já trouxe do Japão, vou trazer da Suécia, estou pegando tudo que existe nas consultorias. Vou te dizer que é o que eu sonho, mas não quer dizer que eu vá conseguir.

BL: Seu programa no Youtube chama ‘Eu nunca pensei que…’. O que a senhora nunca pensou de ver na classe política e no Brasil que está vendo hoje?

Luiza: Eu nunca pensei que estaríamos tão divididos numa pandemia. E não quero dar culpados. Nunca pensei primeiro que eu fosse viver uma pandemia. Segundo, nunca pensei que eu não sabia de pandemia. No começo, eu dizia que eu não sabia nada, fui aprender. Saíram as medidas de emergência para pequenas empresas, que foram boas, mas eles não estavam entendendo nada. Eu dei mais de 410 lives para ajudar. Ainda assim, temos um problema burocrático de sair o dinheiro dos bancos, isso é outra história que eu quero uma alternativa também para chegar. Tem que ser o dinheiro e a capacitação junto, para o micro e pequeno.

Eu não culpo os bancos. O sistema de credit score, de dar dinheiro, é centralizado e não dá condição. A minha proposta é que descentralize para os pequenos escritórios de contabilidade, que façam uma auditoria. Eu sou totalmente contra esse sistema que não dá velocidade e centraliza.

Minha proposta é um sistema de aprovação de crédito para o micro e pequeno empresário. Imagina uma cidade pequena no interior de Minas Gerais. Se tiver um escritório de contabilidade lá dando consultoria e auditoria, é muito mais fácil. Todo pequeno e micro depende de um escritório de contabilidade.

BL: Como vê o papel do setor privado neste momento?

Luiza: O papel do empresário é impressionante. A pandemia trouxe a cultura da doação. Todo mundo pergunta se não tínhamos que ter pensado nisso antes, mas respondo que temos que olhar daqui para frente.

O empresário e as famílias brasileiras deram mais de R$ 6 bilhões para a pandemia. Mas o mais importante é que eles não só deram, foram para a ação. Quando você vai para a ação, aumenta o nível de consciência.

Quando a gente começou, inclusive minha família que foi uma das primeiras a doar, nosso comitê de doação se reuniu e falamos que só doaríamos para hospitais e UTIs, para termos um legado. Isso não durou um mês e todos tiveram que dar 20% para cestas básicas porque bateu a fome.

Hoje eu posso te dizer que o empresário brasileiro não é o mesmo. Não quero saber por que não era assim antes. Mas doar dinheiro é uma coisa, entrar na operação é outra; conviver com a fome de perto é outra história. A cultura da doação entrou no país. A força das instituições privadas é muito grande, e elas estão descobrindo isso.

BL: A digitalização é algo bem forte no Magalu, como isso funciona?

Luiza: Nós temos um plano de dar acesso a muitos no que é privilégio de poucos. Sem demitir ninguém, nossa equipe se transformou em digital. Nossos montadores, que vão nas casas de clientes já usam atendimento mobile há três anos. Nossos carreteiros usam mobile há quatro ou cinco anos já. Nossa equipe de centros de distribuição ja é digitalizada. O digital não é uma plataforma, não é um software, é uma cultura. As pessoas não entenderam ainda. O digital é uma cultura simples, que não é simplismo, de fazer as coisas mais rápido. Quem escolhe é o consumidor num clique.

O digital é uma cultura das novas startups. Muita gente não entendeu. A maioria acha que por um site, um aplicativo, está digitalizando sua empresa. O que nós fazemos e que o Frederico [Trajano, CEO do Magazine Luiza] fala muito é que desde 1991 nós tiramos paredes, demos participação nos resultados, voltamos para a cultura do dono quando tinha uma loja só. Estamos há 22 anos entre as melhores empresas para trabalhar. O Frederico sempre reforça, é uma cultura digital. Somos muito abertos. Somos uma família aberta ao novo porque não temos compromisso de acertar sempre. O digital é uma cultura.

BL: E a questão do ESG?

Luiza: Em 2011 nós entramos na bolsa, e fazíamos roadshow fora e dentro do Brasil. Eu preparei meu roadshow pra falar de ESG [ambiente, social e governança, na sigla em inglês], que agora é conhecido. Falei de propósito e governança. Minha família tem uma governança para os próximos 35 anos. Isso a gente teve toda a vida. Toda vida a gente teve acordo comercial. Falamos de governança, do social, que é uma empresa voltada para as pessoas.

Quando saía de lá, eu falava para o nosso CFO da época: ‘Isso não vai te dar um Ebitda a mais, um dólar a mais ou um real a mais, mas eu vou continuar falando porque daqui a alguns anos vai ter que ser assim. As empresas não sobrevivem só com resultado a curto prazo.’ E eu continuava.

Hoje eu estou impressionada como estou sendo convidada por empresas e investidores para falar de propósito e diversidade, quase 11 anos depois. Eu dizia que ia continuar falando disso, mas não imaginava que estaria viva até hoje tendo que falar disso agora.

ESG também é uma cultura, não é uma coisa de fora, que todos vão fazer por fazer. O CEO que não fizer isso não vai continuar CEO por muito tempo.

BL: A ideia do Magazine Luiza lançar um programa de trainee exclusivo para negros causou bastante conversa em redes sociais e mesmo críticas? Como foi isso?

Luiza: Foi muito legal. Há uns quatro anos, eu dizia para nossa diretora de Recursos Humanos “quantas vagas você tem? 15? Te dou mais cinco para trazer negros”. Isso desde 2016, 2017. Não apareciam. Dessa vez nem fui eu, estou muito feliz. Sempre trabalhei o combate ao racismo na empresa.

O Frederico fez uma pesquisa e viu que não tínhamos negros em cargos altos. Até que eles tiveram a brilhante ideia de fazer um trainee só para negros. Lançamos internamente, tivemos palestra com o Lázaro Ramos. Depois de aprovado pelo conselho, mandamos uma nota para a imprensa.

Tivemos 72h de paulada no Twitter. Eu já sabia que para mudar paradigmas, você leva. Arrumaram até um tal de racismo reverso, que eu nunca tinha ouvido falar e que é uma coisa que não existe. Logo em seguida, Frederico escreveu ‘eu estou mudando a minha empresa, eu sou particular, eu não vou abrir mão. Não estou mudando o Brasil, estou mudando a minha empresa’. Educadamente, ele mandou uma carta ao mercado, mas com outras palavras. Sabíamos juridicamente que estávamos protegidos.

Depois disso deu uma invertida tão grande. As pessoas começaram a elogiar tanto.

Os próprios participantes falavam ‘eu não estou aqui por ser negro, é porque tenho competência’. Eles ja eliminavam aquela coisa [de ser excluído só por ser negro]. Eram pessoas intelectualmente muito preparadas, tecnicamente preparados, de comunicação e resiliência.

Eu falei para eles que esse programa tinha que ser perfeito. Falei para os selecionados ‘nós não podemos não dar certo, nem vocês. Não importa que seja aqui, mas abrimos uma nova porta no Brasil.’ Isso tudo foi graças ao George Floyd. Nós já tínhamos o programa contra racismo, mas o que fez mudar isso no mundo foram aqueles 8 minutos de enforcamento numa pandemia, tenho que devolver sempre a ele.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.

Graciliano Rocha

Editor da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela UFMS. Foi correspondente internacional (2012-2015), cobriu Operação Lava Jato e foi um dos vencedores do Prêmio Petrobras de Jornalismo em 2018. É autor do livro "Irmã Dulce, a Santa dos Pobres" (Planeta), que figurou nas principais listas de best-sellers em 2019.

Toni Sciarretta

News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.