Dólar sobe e bolsa cai, com questões domésticas no radar

Mercado local acompanha imbróglio político; presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou o adiamento da votação da reforma tributária para terça-feira

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São Paulo — O Ibovespa cai e o dólar avança na tarde desta quinta-feira (12), em mais um dia onde as tensões locais se sobrepõem ao cenário externo, prejudicando os ativos. Os investidores continuam monitorando as movimentações em Brasília, com o adiamento da votação reforma tributária pressionando negativamente os mercados locais hoje. Além disso, pesam também as demais questões relacionadas ao futuro da situação fiscal do país, com a PEC dos Precatórios e o aumento do Bolsa Família.

Além da bolsa e do câmbio, as tensões políticas impactaram as taxas dos juros futuros, que operam em alta. Outro fator que pesou foram os dados de volume no setor de serviços, que vieram acima das estimativas.

No exterior, as bolsas em Nova York operam mistas, com o mercado avaliando os dados de inflação ao produtor dos Estados Unidos, que vieram acima do esperado. Na Europa, os índices também fecharam mistos, mas com maior tendência de alta.

  • Câmbio: Perto das 15h30, o dólar operava em alta de 0,12%, a R$ 5,250
  • Bolsa: O Ibovespa caía 0,84%, a 121.032 pontos. Lideravam as altas percentuais as ações da NotreDame Intermédica (GNDI3), Hapvida (HAPV3) e Fleury (FLRY3). As ações da Ultrapar (UGPA3), Minerva (BEEF3) e Banco Inter (BIDI11) eram destaques negativos
  • Destaques da bolsa: As ações da B3 cravaram, nesta manhã, uma nova cotação mínima em 12 meses (R$ 14,03), com uma queda de 6,78%. As variações acontecem após a companhia elevar suas projeções de despesas para 2021.
  • Juros: Os juros voltaram a subir, com as questões políticas e dados econômicos. A taxa para janeiro de 2022 avançavam para 6,560%, enquanto as para janeiro de 2027 operam a 9,630%, nas máximas.
  • Exterior: Em Nova York, o Dow Jones caía 0,15%, enquanto o S&P500 subia 0,12% e o Nasdaq 0,13%
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