São Paulo — As ações da B3 cravaram, nesta manhã, uma nova cotação mínima em 12 meses (R$ 14,03), com uma queda de 6,78%. O papel (B3SA3) movimentava R$ 290 milhões por volta das 11h20, com 24.000 transações. As variações acontecem após a companhia elevar suas projeções de despesas para 2021.
Em comunicado enviado ao mercado na noite de ontem, a B3 informa que a projeção atual para despesas ajustadas situa-se agora entre R$ 1,295 bilhão e R$ 1,345 bilhão, acima da projeção anterior (entre R$ 1,225 bilhão e R$ 1,275 bilhão).
A revisão da projeção foi consequência, segundo a B3, de dois motivos: intensificação de projetos para aumento de capacidade e lançamentos de novos produtos e funcionalidades, e efeitos macroeconômicos, sendo a maior parte relacionada à inflação e seus impactos nas despesas de pessoal.
Nos últimos meses, a ação tem sofrido pressão com insistentes rumores de que a B3 vai enfrentar concorrência no futuro, com o suposto surgimento de uma nova bolsa para negociar ativos de infraestrutura e licitações públicas.
Lucro
A B3 também divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2021. O lucro líquido atribuído aos acionistas foi de R$ 1,193 bilhão, aumento de 33,7%, refletindo o desempenho operacional positivo da companhia em todas as linhas.
“O mercado de capitais se manteve aquecido no segundo trimestre do ano, com crescimento tanto nas operações de renda variável, que atingiu R$ 46,4 bilhões com 13 IPOs e 10 follow-ons, como em novas emissões de renda fixa. O avanço da vacinação nos países desenvolvidos, assim como no Brasil, e a reabertura controlada da economia, elevaram a confiança dos agentes econômicos, trazendo desdobramentos positivos para os nossos negócios”, comentou Gilson Finkelsztain, presidente da B3.