São Paulo — O Ibovespa e o dólar operam em alta na tarde desta quarta-feira (11), com a cena doméstica prevalecendo no humor dos mercados. Os ganhos em ações de bancos e papéis relacionados a commodities fizeram a bolsa reverter as perdas vistas pela manhã e firmar uma alta modesta. Os investidores avaliam também a queda acima das estimativas das vendas no varejo, impactando negativamente alguns papéis do índice.
No câmbio, a cena política tem forte influência, com foco voltado agora para a votação da reforma do Imposto de Renda. Seguem no radar também os ataques do presidente Jair Bolsonaro a ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal Federal (STF), após a Câmara derrubar o projeto de emenda constitucional do voto impresso, o que fez com que Bolsonaro voltasse a criticar a confiabilidade das eleições.
No exterior, as bolsas da Europa fecharam em alta, de olho nos dados positivos da Alemanha e na aprovação do pacote de infraestrutura no Senado dos Estados Unidos. Em Nova York, os índices seguem caminhos mistos, avaliando os dados do CPI, que desacelerou.
- Câmbio: Perto das 15h10, o dólar operava em alta de 0,48%, a R$ 5,2136
- Bolsa: O Ibovespa subia 0,37%, a 121.656 pontos. Lideravam as altas percentuais as ações da Cia. Hering (HGTX3), Copel (CPLE6) e Petrobras ON (PETR3). As ações da Qualicorp (QUAL3), Yduqs (YDUQ3) e BR Distribuidora (BRDT3) eram destaques negativos
- Destaques da bolsa: Os papéis da BR Distribuidora figuram entre as maiores perdas do índice em peso, após divulgação do resultado na véspera, que decepcionou as estimativas de lucro. A companhia registrou lucro líquido de R$ 382,0 milhões no segundo trimestre
- Juros: Os juros voltaram a subir, com as questões políticas ainda preocupando. A taxa para janeiro de 2022 passava de 6,490% para 6,510%, enquanto as para janeiro de 2027 operam estáveis, a 9,430%.
- Exterior: Em Nova York, o Dow Jones subia 0,62%, o S&P500 0,17% e o Nasdaq caía 0,41%
- Nas últimas horas:
- Bolsonaro agrava tensão com reivindicações de fraude após rejeição de voto impresso
- Presidente do Fed de Kansas City defende redução do estímulo
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