Funchal diz que objetivo da PEC dos precatórios é cumprir teto de gastos

Despesas com sentenças judiciais já aumentaram 102% entre 2018 e 2022; recursos economizados com parcelamentos serão destinados ao pagamento da dívida

Secretário especial do Tesouro e Orçamento buscou esclarecer que objetivo maior é cumprir o teto de gastos
10 de Agosto, 2021 | 10:54 AM

São Paulo — O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, detalhou hoje (10) a proposta de emenda constitucional (PEC) dos precatórios, que foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso ontem. Conforme Funchal, o objetivo da PEC é fazer com que os gastos com sentenças judiciais, que acumulam alta de 102% de 2018 a 2022, não ultrapassem os limites do teto de gastos.

“O objetivo principal é compatibilizar esses gastos com precatórios com a regra do teto de gastos”, explicou o secretário. “Queremos reduzir o tamanho do Estado, trazer eficiência para a máquina pública e promover o encontro de contas.”

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A proposta do governo é pagar os precatórios acima dos R$ 66 mil de forma parcelada em nove prestações iguais e entrada de 15%. Os gastos abaixo dessa faixa, serão pagos integralmente.

A destinação dos recursos será para o pagamento da dívida pública e o pagamento desses precatórios sem parcelamento.

Os fundos serão compostos por algumas origens, incluindo alienação de imóveis da União e participação societária de empresas, dividendos de estatais e antecipação de valores com a venda de óleo excedente.

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.