Norwegian Cruise tem liminar para exigir vacinação em cruzeiros

Comprovante será condição para embarcar em navios na Flórida, apesar de recente proibição de tais requisitos

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Bloomberg — A Norwegian Cruise Line Holdings obteve uma liminar que lhe permite exigir comprovante de vacinação da Covid-19 como condição para embarcar em seus navios na Flórida, apesar de uma recente proibição de tais requisitos sob uma nova lei promovida pelo governador Ron DeSantis.

No domingo, a juíza distrital dos EUA em Miami, Kathleen M. Williams, decidiu que a lei não pode ser aplicada enquanto a batalha legal estiver em curso. A empresa de cruzeiros abriu um processo contra o estado em julho, dizendo que o estatuto viola a lei federal e pode obrigá-la a cancelar as próximas viagens.

A controladora das marcas Norwegian Cruise Line, Oceania Cruises e Regent Seven Seas Cruises poderá operar com todos os passageiros e tripulantes com imunização completa ao sair dos portos da Flórida, disse a empresa em comunicado no domingo. A primeira viagem a partir da Flórida está programada para 15 de agosto no Norwegian Gem, saindo de Miami.

“Estamos satisfeitos que a juíza Williams tenha visto os fatos, a lei e a ciência como vimos e concedeu a moção da empresa para uma liminar que nos permite operar cruzeiros na Flórida com passageiros e tripulação 100% vacinados”, disse Daniel S. Farkas, diretor jurídico da Norwegian Cruise Line.

Confronto político

A Flórida prometeu contestar a decisão.

“Não concordamos com o raciocínio legal da juíza e vamos recorrer ao Tribunal de Apelações do Décimo Primeiro Circuito”, disse o gabinete do governador em comunicado. “A proibição de passaportes de vacinas nem mesmo implica, e muito menos viola, os direitos de expressão de ninguém e promove o interesse local e substancial de prevenir a discriminação entre clientes com base em informações privadas de saúde.”

O confronto coloca DeSantis, uma estrela do Partido Republicano em ascensão que defende a resistência às medidas de saúde pública contra o coronavírus, contra um setor paralisado há 18 meses. No início da pandemia, uma série de surtos de Covid-19 no mar levou à suspensão total da navegação com passageiros nos EUA.

Com as operações praticamente suspensas, empresas do setor tiveram que levantar bilhões de dólares em novos financiamentos apenas para continuarem abertas com receita praticamente zero.

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