União Europeia avalia retomar restrições para viagens dos EUA: Fonte

Bloco quer bloquear passageiros na próxima semana em meio ao aumento do número de casos de Covid-19

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Bloomberg — A União Europeia deve avaliar a reintrodução de restrições de viagens para visitantes dos Estados Unidos na próxima semana em meio ao aumento do número de casos de Covid-19.

Os EUA superaram o limite para permanecerem na lista de países não pertencentes à UE que desfrutam de viagens sem restrições ao bloco, segundo uma pessoa a par da situação.

A UE suspendeu as restrições para americanos em junho, incluindo os EUA na lista de países cujas viagens não essenciais para o bloco são permitidas por atender aos critérios de entrada de acordo com a situação epidemiológica.

No entanto, os dados mais recentes mostram que os EUA estão agora bem acima do limite da UE, com pouco menos de 270 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. O limite estipulado pela UE é de, no máximo, 75 casos por 100 mil, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada. Retirar os EUA da lista exigiria um acordo entre a maioria qualificada dos estados membros.

As restrições se aplicariam a viagens não essenciais. No entanto, pessoas totalmente vacinadas ainda devem poder entrar nos países da UE, disse a fonte.

As viagens transatlânticas aumentaram desde que o bloco começou a permitir viajantes dos EUA durante o verão.

Isso levou a uma rápida recuperação na indústria de aviação europeia para quase 70% da capacidade pré-pandemia, de acordo com dados da consultoria OAG, embora os EUA não tenham retribuído com as mesmas regras de acesso a viagens.

As rotas entre a UE e os EUA se recuperaram para quase 50% dos níveis pré-pandemia depois que Bruxelas decidiu permitir a entrada de americanos com imunização completa. Remover o acesso sem restrições a viajantes dos EUA pode ser um grande golpe para operadoras, incluindo empresas como Deutsche Lufthansa e Air France-KLM.

O governo Biden manteve restrições para viagens com origem no exterior em vigor apesar da pressão para permitir visitantes de lugares como a UE. Autoridades dos EUA citaram o aumento de casos relacionados à variante delta como uma das razões para essa decisão.

Uma porta-voz da Airlines for Europe, associação que representa companhias aéreas europeias, disse que, apesar da propagação da variante delta, “elevar os níveis de vacinação significa que a taxa de incidência não deve ser o único critério a ditar as decisões de políticas”.

O recente aumento de casos de Covid nos EUA, entretanto, tem sido mais aparente em estados com taxas de vacinação mais baixas.

A média de sete dias de casos de Covid-19 nos EUA é agora de cerca de 100 mil por dia contra menos de 20 mil no início de junho.

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