São Paulo — O grupo de varejo Lojas Americanas admitiu ter iniciado diálogo para aquisição da rede de lojas Marisa, especializada no varejo de roupas femininas, mas ainda não foi formalizada nenhuma negociação.
“Os assessores da Americanas mantiveram contato preliminar com os assessores da Marisa Lojas S.A., sendo que não há qualquer tipo de formalização de interesse por parte da Americanas”, informou a companhia, em comunicado enviado ao mercado, na noite de quinta-feira (5).
A empresa enviou o esclarecimento após a publicação de uma nota pelo site de negócios do Valor Econômico, informando que a potencial aquisição seria realizada por troca de ações e uma parte em caixa, e que ambas já contrataram assessores financeiros, embora não tenham assinado nenhum memorando de intenções.
A Americanas decidiu, no fim da noite de ontem, publicar uma manifestação sobre o assunto, pois diz ter “identificado vazamento de informação”.
“A Americanas sempre monitora, no curso normal de seus negócios, inclusive por meio de seus assessores financeiros, potenciais oportunidades de mercado”, citou no documento, antes de admitir a ocorrência de “contato preliminar” entre as partes.
Em julho, as ações da Americanas lideraram o ranking de perdas do Ibovespa, acumulando desvalorização de 25,90% para a ação preferencial (LAME4) e 22,46% para a ordinária (AMER3), após a fusão com a B2W Digital, agora nomeada Americanas S.A..
Ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) aponta a Lojas Americanas em quinto lugar entre as maiores receitas do mercado varejista brasileiro, com R$ 25,4 bilhões, atrás do líder Carrefour, com R$ 74,7 bilhões, Pão de Açúcar, com R$ 55,7 bilhões, Magazine Luiza, com R$ 36,1 bilhões e Via Varejo, R$ 34,4 bilhões.
