Família Safra afirma desconhecer contestação de testamento e diz que caso é ‘posição isolada’ de um dos filhos

Banqueiro Joseph Safra buscou os meios para fazer com que sua vontade fosse respeitada na sucessão, diz nota

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Após a repercussão da notícia de que Alberto Safra, filho do banqueiro Joseph Safra, pretende contestar judicialmente o testamento do pai na Suíça após ter sido deserdado, a família procurou a imprensa brasileira para informar que desconhece o teor da ação e que o caso é uma posição isolada de apenas um membro da família.

“A família Safra desconhece a existência de qualquer ação judicial nos EUA, mas não vê sentido em qualquer contestação”, informou em nota.

De acordo com o texto, o banqueiro buscou os meios para fazer com que sua vontade fosse respeitada na sucessão da familiar, antes de morrer, em dezembro do ano passado.

“Sobre o testamento de 2019, o sr. Joseph Safra tomou todas as precauções necessárias para que seus atos de última vontade fossem devidamente respeitados. Esta contestação é a posição isolada de apenas um dos filhos que não condiz com a verdade dos fatos”, completa a nota da família.

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Alberto protocolou um pedido em um tribunal de Nova York para que o deixe buscar evidências nos EUA para o processo. Ele alega que o pai, que sofria de mal de Parkinson e morreu em dezembro passado, aos 82 anos, não estava em condições de fazer as mudanças que foram realizadas no planejamento sucessório da família em 2019, que acabaram privando Alberto de sua parte na herança.

Alberto liderava os negócios do Banco Safra no Brasil até 2019, quando deixou a instituição financeira para abrir o ASA Bank após divergências sobre a condução do negócio. David, então, passou a liderar o banco por decisão do pai.

Poucas semanas depois de sua saída, seu pai teria mudado “apressadamente seus testamentos a fim de isolar o peticionário de sua herança legítima e, correspondentemente, aumentar a parte dos irmãos do peticionário nos bens de Joseph Safra”, de acordo com os documentos do tribunal.

Alberto decidiu deixar a instituição financeira criada pelo pai e levou com ele vários executivos de sua confiança para o ASA.

Já David ficou no Banco Safra com o objetivo de reformular as áreas de pessoa física e jurídica, que eram separadas em dois bancos, além de ampliar os investimentos em tecnologia.