São Paulo — O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a aquisição de 40% do banco digital C6 pelo banco norte-americano JP Morgan. A decisão da Superintendência-Geral da autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça foi publicada nesta quarta-feira (4) no Diário Oficial da União.
O negócio, anunciado no dia 28 de junho, marca a entrada do banco americano no varejo bancário brasileiro e deve acelerar o crescimento do C6, cujo maior acionista é Marcelo Kalim. O valor da transação é mantido sob sigilo.
“Considerando que as estimativas de market share conjunto das Requerentes [C6 e J.P. Morgan] em todos os mercados horizontalmente sobrepostos e verticalmente integrados situam-se abaixo de 20% e 30%, respectivamente, conclui-se que a Operação não tem o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial”, concluiu o Cade, em parecer.
Segundo o Cade, a operação consiste na aquisição indireta, pelo JPMIF (J.P. Morgan Investimentos e Finanças Ltda), de 40% do capital social do Banco C6 e do Banco C6 Consignado; e, pelo JPMC Holdings (JPMorgan Chase Holdings LLC), de 40% do capital social da Asset Manager. O Banco C6, o Banco C6 Consignado e a Asset Management integram o grupo econômico C6, do qual também faz parte a C6 Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (C6 CTVM).
“Como justificativa para a realização da Operação, as Requerentes explicaram que, para o Grupo C6, a associação com o Grupo JPM, que é reconhecido internacionalmente no setor de serviços financeiros, não só lhe permitirá obter os recursos necessário para continuar seu crescimento de forma sólida no Brasil, como também lhe beneficiará com a expertise em produtos e serviços financeiros do Grupo JPM”, informou o parecer do Cade.
