São Paulo — A empresa brasileira de biotecnologia Biomm informou nesta segunda-feira (2) ter recebido autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o início da realização de estudo clínico fase 3 do Leronlimab, medicamento baseado em um anticorpo monoclonal leronlimab, que pode ser usado no tratamento contra os efeitos graves da Covid-19.
“O ensaio clínico será realizado em 35 centros de pesquisa com 612 pacientes que se encontram hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação, tendo como objetivo impedir que a doença evolua para um caso mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva”, informou a farmacêutica sediada em Nova Lima, em Minas Gerais.
O ensaio será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein, em colaboração com a CytoDyn, empresa norte-americana responsável pelo desenvolvimento do medicamento, e a Biomm, parceria exclusiva para a comercialização do leronlimab no Brasil.
“O leronlimab age para prevenir uma resposta excessiva do sistema imunológico de pacientes infectados com o novo coronavírus, reduzindo a superprodução de citocinas inflamatórias, também conhecidas como ‘tempestade de citocinas’. Esta tempestade inflamatória, que agrava a condição clínica significativamente, pode, muitas vezes, levar o paciente a óbito”, explica a empresa, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- A Biomm estreou na B3, no ano passado, negociada sob o ticker BIOM3. Na sexta, a ação do laboratório fechou cotada em R$ 15,10, acumulando desvalorização de 2,2% no mês e de 4,97% em 12 meses.
- Na abertura dos negócios desta segunda, o papel registrava alta de 2,65%, cotado a R$ 15,50, máxima do dia.
- A companhia divulga seu resultado financeiro do segundo trimestre no próximo dia 13 de agosto.