São Paulo — Futebol e criptomoedas. Esse casamento já é possível para o torcedor brasileiro. No próximo dia 25 de agosto, começa a ser listado o token oficial da Seleção Brasileira pela empresa turca de blockchain Bitci Technology, especializada em projetos NFT (tokens não-fungíveis), após uma pré-venda considerada um sucesso histórico.
NFT é uma espécie de certificado digital que define originalidade e exclusividade a bens digitais, um dos temas mais populares da atualidade nos campos de negócios online.
Na primeira oferta de 30 milhões de tokens identificados como BFT, adquirida por 13.658 fãs, a moeda digital da CBF saiu ao preço de 0,50 euro cada, na pré-venda na plataforma de negociação de criptomoedas Bitci, gerando uma arrecadação de 15 milhões de euros (cerca de R$ 90 milhões) para a entidade esportiva, divulgou o site da empresa turca.
“A oferta entrou para a história do esporte como a maior do mundo envolvendo tokens de torcedor. Esta foi a primeira rodada de Fan Token da Seleção Brasileira na Bitci.com”, informou a CBF, em nota, acrescentando que a próxima rodada será aberta também no Bitci.com no próximo dia 25.
“O resultado fantástico da primeira oferta mostra a potência da Seleção Brasileira como marca em todos os setores. A forma como o futebol é consumido está mudando e entrar no mercado de tokens de torcedor é sucesso. Cravamos um marco histórico dentro do mercado de blockchain, abrindo caminho para muito mais”, afirmou o diretor comercial da CBF, Lorenzo Perales.
Recompensas
Os criptoativos também são chamados de fan tokens. Eles permitem que os torcedores tenham acesso a experiências e recompensas exclusivas, como participar de sorteios e eventos esportivos, informa o site da Bitci.
“Tokens de torcedor, que vêm se tornando populares na indústria do esporte, são expressos como ativos que fornecem a oportunidade de aumentar o contato digital e presencial entre equipes e fãs, que passam a ter voz em certas decisões e se beneficiar de vantagens e mais proximidade com marcas e atletas. Os tokens de torcedor a serem desenvolvidos pela Bitci Technology vão aumentar a interação dos torcedores com a Seleção Brasileira e, paralelamente, proporcionar uma oportunidade de amplificação da receita comercial”, informou a CBF sobre o projeto lançado em junho.
No blockchain da Bitci há ainda a negociação de tokens de outros times, tais como o Real Betis (Espanha), Rangers (Escócia), seleção do Uruguai, seleção da Espanha, MotoGP e a McLaren, da Fórmula 1. O acordo da CBF com a plataforma turca inclui as Seleções Brasileiras de Futebol Masculino e Feminino, além das Seleções Sub-20, Sub-17 e Sub-15. Durante a vigência do contrato (três anos), a Bitci Technology será a única parceira de negócios da blockchain da Seleção Brasileira de Futebol.