Target perde trabalhadores negros nos EUA e luta para bater meta

Proporção de funcionários que se identifica como negros ou afro-americanos diminuiu 0,7 ponto percentual entre 2019 e 2020

Em setembro, a varejista se comprometeu a aumentar a representação de trabalhadores negros em 20% até 2023
Por Matthew Boyle
30 de Julho, 2021 | 11:59 AM

Bloomberg — A Target sofreu um ligeiro declínio em sua parcela de trabalhadores negros no ano passado, complicando sua meta de aumentar a representação de minorias nos Estados Unidos.

A proporção de funcionários da Target que se identifica como negros ou afro-americanos diminuiu 0,7 ponto percentual entre 2019 e 2020, disse uma porta-voz por telefone. O declínio não foi grande o suficiente para ser registrado no novo relatório de diversidade da empresa, que mostrou os funcionários negros representando 15% da força de trabalho de 350.000 pessoas da Target, número igual ao de 2019. A proporção de gerentes negros ou líderes seniores também não se alterou, enquanto a porcentagem de negros vice-presidentes e em cargos superiores aumentou de 5% para 9%.

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Os resultados mistos mostram que mesmo a Target, que intensificou seus esforços de diversidade após o assassinato de George Floyd, está tendo dificuldades nesta arena. Em setembro, a varejista se comprometeu a aumentar a representação de trabalhadores negros em 20% até 2023, e também disse que iria investir US$ 2 bilhões com empresas de propriedade de negros até o final de 2025. Produtos de dezenas de empresas de propriedade de negros agora povoam seus corredores e site e a varejista também quer promover mais mulheres e reduzir os problemas enfrentados por funcionários negros.

“É um longo caminho”, disse Kiera Fernandez, diretora-chefe de diversidade e inclusão da Target, em teleconferência. “É por isso que definimos este prazo de três anos. Não hesitamos em nossos compromissos.”

O progresso da Target ocorreu principalmente entre trabalhadores assalariados negros, ao invés dos funcionários que trabalham por hora e constituem a maior parte de sua força de trabalho, estocando prateleiras e ajudando os clientes. A parcela de vendedores negros, por exemplo, caiu de 16% para 15%, e negros na equipe de serviços tiveram declínio semelhante.

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Fernandez também disse que a empresa não foi prejudicada pela falta de mão de obra em todo o país e estava vendo um fluxo “forte” de candidatos a empregos, que são atraídos pelos benefícios e salários iniciais por hora de US$ 15 da empresa.

Para melhorar a representação negra em suas fileiras, a varejista disse que desenvolverá programas para contratar e reter funcionários em áreas onde os negros não estão bem representados - como tecnologia, merchandising e marketing - e aumentar a rede de mentores e patrocinadores para associados negros.

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