China escala 25 companhias contra atividades ilícitas online

Lista inclui gigantes Alibaba e Tencent, que precisam corrigir problemas desde segurança de dados à proteção dos direitos do consumidor

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Bloomberg — A China deu ordens para que 25 companhias de tecnologia realizem inspeções internas como parte da campanha para erradicar atividades ilegais online.

O Ministério da Indústria de Tecnologia da Informação avisou na sexta-feira que 25 das maiores empresas de internet e hardware do país, incluindo Alibaba Group Holding e Tencent Holdings, precisam fazer análises internas e corrigir problemas que vão desde a segurança de dados à proteção dos direitos do consumidor. Separadamente, a Sociedade de Internet da China, que atua em nome do ministério, pediu na quarta-feira que as duas gigantes e 10 outras empresas intensifiquem a proteção de dados, incluindo a exportação de informações cruciais.

Os encontros desta semana dão sequência ao anúncio da autoridade reguladora da internet na segunda-feira sobre o início de um programa de seis meses para combater atividades ilegais online. Dias depois, a agência deu ordens para a Tencent e mais 13 empresas resolverem problemas relacionadas a pop-ups em seus anúncios. A medida se soma a outros esforços de Pequim para controlar as maiores companhias de internet do país em diversos aspectos, como antitruste, segurança de dados e aplicativos de transporte particular.

Meituan, Xiaomi e ByteDance estão entre as convocadas para ambas as reuniões. Na sexta-feira, o ministério deu ordens para as empresas lidarem com oito tipos de comportamento problemático, incluindo pop-ups, coleta e armazenamento de dados e bloqueio de links externos.

Em um evento anterior, as autoridades pediram que as firmas estabeleçam sistemas de gestão de segurança de dados, designem pessoas responsáveis pela segurança de dados e fortaleçam a supervisão da exportação de informações importantes, de acordo com comunicado distribuído na sexta-feira. As empresas não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da reportagem.

A segurança de dados é uma das prioridades do governo do presidente Xi Jinping para a indústria da internet.

A autoridade reguladora do espaço cibernético citou os riscos à segurança de dados como razão para investigar a Didi Global e propôs uma lei que exigiria autorização para praticamente todas as empresas com planos de abrir capital fora da China.

Big data está rapidamente se tornando o próximo campo de batalha entre as superpotências, com implicações que podem impor um novo formato à economia global durante décadas. Enquanto os EUA fazem lobby junto a outras nações para impedir que a China tenha acesso a tecnologias como semicondutores avançados e Xi toca um projeto nacional para desenvolver esses produtos, controles rígidos de segurança de dados ameaçam atrapalhar as cadeias de suprimentos, fragmentar os mercados financeiros e forçar os países a escolher lados.

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