Ações brasileiras abrem em queda puxadas por temor com futuro da demanda por minério

Lá fora, preço do minério de ferro despencou. Aqui, papéis da Vale e de siderúrgicas em baixa

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As ações brasileiras abriram em queda por causa do exterior. O drive principal do movimento é a preocupação de uma desaceleração do crescimento da demanda por minério de ferro na China (nesta manhã, os futuros do ferro em Singapura estavam despencando até 9%), assim como o temor com os indicadores americanos antes da abertura do mercado.

O Ibovespa operava em 124.600 pontos (-0,86%) às 10h45 desta sexta. Segundo a Bloomberg, das 84 ações que compõem o índice, 73 estavam em queda. O dólar operava em R$ 5,11 (-0,66%).

Mineradoras, siderúrgicas e locadoras de automóveis lideravam o movimento para baixo.

  • Os papéis da Vale (VALE3) operavam em R$ 112,03 (-3,06%).
  • Usiminas (USIM5) reportou lucro recorde de R$ 4,54 bilhões no 2º trimestre de 2021 contra uma perda de R$ 395 milhões no mesmo período do ano passado. O bom resultado no balanço não aplacou o temor vindo de fora. A siderúrgica oscilava negativamente em 0,16% (R$ 20,68).
  • A CSN (CSNA3) operava a R$ 47,49, caindo 1,33%.

O resiliente setor de locadoras de veículos, revitalizado pela expansão dos aplicativos de transporte, também estava acompanhando o movimento.

  • A Localiza (RENT3) lucrou R$ 447,9 milhões contra R$ 89,9 milhões no segundo trimestre de 2020. Apesar do bom resultado contábil, a locadora de veículos operava em queda de 4,58%, uma perda superior a R$ 3 por ação (R$ 64,02).
  • Movimento similar da Unidas (LCAM3) em queda de 3,22% (3,22%).

Outras quedas relevantes: Magazine Luiza (MGLU3, -1,57%), Natura (NTCO3, -1,50%).

No sentido oposto, começou o dia apresentando ganhos a B3 (B3SA3, +1,08%) e, oscilando no verde, o Itaú Unibanco (ITUB4, +0,13%) e Ambev (ABEV3, +0,41%).