São Paulo — O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou a criação de 309.114 novas vagas de emprego formal em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do semestre, o país registrou saldo positivo de 1,53 milhão de contratações.
Segundo ele, o crescimento do emprego formal está diretamente ligado à expansão da vacinação no país. O número de junho veio acima da estimativa Bloomberg de 270 mil, e superou o mês anterior, que teve 280.666 novos postos de trabalho.
“Chegamos a um piso no ano passado, com a pandemia (...) Chegamos a um piso no ano passado, com a pandemia. Mas reagimos e a economia retornou num ‘crescimento em V’”, disse o ministro. Segundo ele, a vacinação da população contra covid-19 permitiu o aumento de novas vagas e o gradativo retorno ao trabalho.
Por que isso é importante: A recuperação do emprego é um indicador importante sobre o estado da economia real no país, mas o número de desempregados ainda é bastante alto, principalmente quando o dado do Caged é cotejado à luz de outros indicadores.
O dado mais recente do IBGE, referente ao primeiro trimestre deste ano, registrava que 14,7% da população economicamente ativa estava sem emprego – algo como 14,8 milhões de pessoas.
O dado do Caged de 1,6 milhão de empregos criados no semestre, um indicador positivo, levou o Brasil a um patamar equivalente ao da recessão dos anos de Dilma Rousseff. “Atingimos agora pela primeira vez desde 2015 e 2016, anos de recessão, o patamar dos 40,8 milhões de empregos”, disse.
Contexto: Conforme o chefe da Economia, os setores mais impactados na pandemia são agora os que mais geram empregos.
“Serviços foram destaque de novas vagas, o que mais tinha sofrido impactos na pandemia, com 125 mil novos empregos no mês. Na sequência, o comércio criou mais de 70 mil. Todas as unidades da federação continuam criando empregos, assim como os maiores setores.”
O que vem pela frente: Guedes voltou a comentar sobre os novos programas sociais que devem ser anunciados em breve pelo novo ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, como o fim do auxílio emergencial, que terá a última parcela em outubro. De acordo com o ministro da Economia, serão dois novos projetos, com foco na inclusão de jovens, que, segundo ele, é a faixa etária mais afetada pelo desemprego.