Singapura almeja uma façanha que nenhum país alcançou até agora: reabrir ao mundo e emergir da pandemia com um número de mortos ainda na casa de dois dígitos.
Embora Estados Unidos e Reino Unido tenham se empenhado em reabrir as economias, o fracasso em controlar o coronavírus no início resultou em centenas de milhares de mortes. A hesitação em relação às vacinas também é um choque de realidade para estratégias que trataram a imunização como solução mágica. No outro extremo do espectro, países como Austrália e Nova Zelândia conseguiram controlar o patógeno quase totalmente, mas, com a lenta vacinação, não podem suspender os controles de fronteira e quarentenas que os mantêm isolados.
Singapura busca ter sucesso em ambas as estratégias. Em um plano traçado por autoridades esta semana, a minúscula cidade-estado que depende de conexões globais está de olho na retomada de algumas viagens internacionais em setembro. Para isso, tenta extinguir um surto impulsionado pela variante delta e atingir um nível de vacinação - de 80% - que poucos países alcançaram, mas que o governo diz que colocará Singapura em uma posição onde possa conviver com o coronavírus sem muitas mortes.
“Nesta fase, dada a grande quantidade de declarações públicas sobre a cobertura de vacinação, o governo realmente não se deu muita margem de manobra”, disse Nydia Ngiow, diretora sênior da BowerGroupAsia, uma empresa de assessoria em política estratégica. “Eles precisam colocar as medidas em prática e dar os passos em direção a uma Covid-19 endêmica assim que atingirmos o limite de 80%, ou correm risco de serem responsabilizados.”
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